sábado, 6 de outubro de 2012

A imagem do dia de ontem, 5 de Outubro, dia da República Portuguesa (e dia dos Professores)

Ah, desculpem... Confundi...  as semelhanças...Uma casa em geral de pernas para o ar e uma casa-de-banho em particular seria algo de dramático . De consequências previsíveis e sempre péssimas, para os que estão do lado de baixo...
Felizmente esta é apenas uma fantasia para exposição.
A imagem de ontem foi esta:


pela cara satisfeita ao içar a bandeira da República Portuguesa, nas comemorações de ontem, o nosso Presidente da República dá a entender que, das duas uma:
- Ou não se apercebeu que a bandeira estava ao contrário, o que se vê pela a imagem do escudo e das  cinco quinas, dai o sorriso igual ao que retribuiu às vaquinhas açorianas;
- Ou até se apercebeu e está satisfeito, por assim demonstrar aos mercados, à "Troika" e aos restantes "lá fora", que Portugal continua o "bom aluno" totó de sempre e que está submisso, de valores invertidos, não independente (ontem Ramalho Eanes mencionou que a bandeira Invertida significa país dominado; outros explicam que no mar tal bandeira significa pedido de socorro...) pose que foi iniciada já nos seus tempos de PM em que incentivou o desmantelamento da produção do país, em troca dos subsídios da Comunidade Europeia...;
Tendo em conta a total indiferença que votou às duas senhoras que também protagonizaram a cerimónia--a que interrompeu o seu discurso aos brados de que já  não tinha como sobreviver e a outra , cantora lírica, que cantou o "Acordai" de Lopes Graça, enquanto Cavaco Silva continuava o seu discurso hipócrita de louvor aos professores  cuja humilhação por Lurdes Rodrigues ele apoiou, desde 2005-- deve ter sido a segunda hipótese a que lhe motivou o rasgado sorriso, infelizmente.
Não há mesmo palavras que bastem...para esta vergonha e esta revolta colectiva que sentimos.
Deixo aqui, no próximo parágrafo, o que acabei de responder em comentário num post anterior e que alargo a todos os portugueses indignados: que não se conformem!
"Um país que era "apenas" melancólico a tornar-se assombrado. E com tanta gente heróica a tentar aguentar-se de cabeça mais ou menos erguida( na família, no comércio, os heróis da indústria que não fecha e os que ainda conseguem exportar, apesar das medidas patéticas e criminosas...), enquanto umas autênticas bestas andam aí a defender o desmantelamento de Portugal!
Faltam as palavras e falta o ânimo para os descrever, a estes traidores  inclassificáveis e a todos estes que levaram o país à ruína, por décadas.
Devemos indignar-nos. É compreeensível e lógico que esmoreçamos...mas devemos manter alguma resistência,
pois agora Portugal depende de cada cidadão, com a sua acção, a palavra (e já não bastam palavras), a coragem individual mas também solidária.
Estou cada vez mais convicta que isto não é só uma crise económica. É uma autêntica Guerra económica  e social de uma élite que ainda quer ser mais poderosa e rica à custa da miséria da maioria. É uma autêntica Guerras de VALORES de quem acha que uns humanos valem mais do que os outros, uns têm "mérito" e outros não, quando afinal o exemplo que dão é de "Dona Cunha", nepotismo e amiguismo e não de mérito de qualquer espécie.Temos de nos aguentar e não fugir, não escondermo-nos ou "jogar a toalha" como dizem no Brasil.
Aprendi que é nos momentos mais conturbados da minha vida que me torno mais resiliente (a quebra vem depois...!) e que faço das tripas coração para me rebelar contra as injustiças. Estamos a viver um momento crucial em que devemos renegar o Mal, a Mentira e a falta de Ética, com todas as forças! Faltam palavras, mas não podemos esperar por "salvadores" providenciais. Os salvadores dos portugueses só podem ser os portugueses, os verdadeiros portugueses..."
É o meu contributo para reflectirmos sobre o momento que vivemos.Denunciar, comentar, protestar, meditar... Claro que não basta...
Alergia (6/10/2012, in "blog "Alegrias e alergias")
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Nota da "Redacção" do blog: havia o quarto e último cartoon da Alegria sobre a abolição de feriados, finalmente terminado (coisa de dificuldade em... desenhar carros! eheh). Porém, tal como uma série de outros cartoons já prontos, terá de aguardar a ultrapassagem de um contratempo técnico para a introdução dessas imagens no blog. Aguardem, que não tardarão! Entretanto vão-se "entretendo" com outros posts sem... "bonecada".

6 comentários:

  1. Adoro tuas críticas e colocações, sempre bem humoradas ,mas pertinentes...Amanhã temos eleições por aqui!!!

    beijos,tudo de bom,chica

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    1. Pois é!
      E essas eleições pelo que vi numas noticias têm muitos e bem-humorados candidatos! :)
      Obrigada, Chica! :)

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  2. Bem visto!... Já agora, pensei que era crime desrespeitar a bandeira, o hino ou qualquer outro simbolo da nação... para estes senhores, a lei não é aplicada? o desrespeito pela bandeira, demonstrado aqui só espelha a falta de respeito e consideraçõ que estes governantes tem pelo país e pelo seu povo...

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    1. Julgo que há um artigo qualquer do Código penal que obriga ao respeito público desses símbolos, como a bandeira ou o Hino.
      Há uns anos houve um actor e um programa de TV castigados (e o programa cancelado) por isso. ^
      Mas como agora até há bandeiras chinesas , no futebol, a serem usadas como cachecóis ou lenços, já deve ser difícil pôr essas leis em prática.
      Não tarda, no próximo ano e por este andar, hastearão no 5 de Outubro (que na altura já não será feriado mas um dia de trabalho de formiguinhas... chinesas)uma daquelas bandeiras compradas nas lojas chinesas também: daquelas com pagodes desenhados, em vez de castelos! UI! :P
      Beijinho

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  3. Tenho para mim que não houve engano.
    Foi sinal de afirmação que o nosso país está tomado e em perigo.
    Já não nos pertencemos, ainda alguém duvida?

    Beijinho e não vires casas de banho. O resultado ainda pode ser bem pior.

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    1. O António Costa assumiu a culpa, como organizador.
      Mas de certeza que alguém reparou logo: e deveriam ter impedido o seu hastear!
      Se era para pedir socorro, a quem dirigiriam o apelo? Aos marcianos?!
      Este país se não existisse tinha de ser inventado.
      E para ser ocupado, volta e meia.
      temos de dar a volta a isto! temos de dar a volta a isto! temos de dar a volta a isto.
      Mas não às casa-de-banho nem a bandeiras!
      beijinho

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