quarta-feira, 3 de abril de 2013

Uma musiquinha... Lenine -" Paciência" (Acústico ) (1º de 3 posts do dia)

O link para o video está AQUI- estranhezas do Youtube...- Lenine- "Paciência" (versão acústica HD), com a participação da harpista Cristina Braga

Não há fome que não dê em fartura, como se costuma dizer. Depois de um período  ora com  falta de tempo ora com dificuldades para postar, hoje vou tentar postar três vezes, dê no que der, depois de mais um insucesso de blogger ontem.
Para começar, depois de algumas horas de "batalha" e de ouvido semi-atento ao debate do Parlamento sobre a moção de censura do PS, um  post com um pouco de Paciência, que é a música adequada ao dia, como foi em outros. Abaixo deixo a bela letra da canção do brasileiro Lenine, se quiserem cantarolar.
A PACIÊNCIA é um bem cada vez mais raro. Por acaso  costumo ter bastante, mais do que deveria, até, mas cada vez mais -- e em especial nos últimos anos -- vou concluindo que nem sempre compensa.
Explico: geralmente  a Paciência-- com as situações, com as atitudes, com as outras pessoas e até connosco próprios-- é uma espera esperançosa que algo mude, com o tempo e com esta resposta de Paz que é a paciência. Uma situação exasperante pode acabar por passar, apenas por sermos pacientes; uma criança que faz birra acaba por acalmar, se tivermos paciência; a atitude negativa de alguém pode "baixar as armas" perante a nossa paciência. Em suma, aspectos dessincronizados e negativos da Vida podem vir a ser suavizados, anulados e até transformados no seu oposto, apenas pela paciência constante, resiliente.
Porém nem sempre tal se verifica: a situação pode ainda piorar, porque insensível à nossa paciência e tolerância; a criança caprichosa pode reagir de outra forma, fazendo birra ainda maior e mais abusiva; a pessoa "armada" de atitude negativa pode interpretar a nossa paciência  como sinal de que tudo pode (continuar a)  fazer e que não precisa de mudar nada...
E por isso às vezes digo "Basta!", não vale a pena. Políticos demagógicos continuarão a cumprir as suas agendas de interesses oportunistas e rotineiros, situações difíceis tenderão a degradar-se, pessoas com as quais se desperdiçou paciência e compreensão confirmam que nada entenderam e que não vale a pena gastar nem mais palavras, nem mais tempo, nem mais paciência. Está entranhado em todos eles e em todas essas atitudes que não sabem ou simplesmente nem querem mudar, ora por tola "estratégia", ora por incapacidade, ora por mera estupidez. Ou por isso tudo junto.
Exceptuando com crianças pequenas, que ainda não têm algumas aptidões para se auto-avaliarem, não se pode ajudar quem não quer ser ajudado, não adianta ter paciência com quem não a entende, não adiantam gestos de compreensão para quem em tudo vê ciladas e segundas intenções. Para quem só se vê a si próprio, ou nem isso (apenas a sua distorcida auto-imagem). Dar alguma coisa a quem não sabe receber e a quem nada sabe dar (sem ser por interesse) é um total desperdício. Nem que seja dar os nossos ouvidos, a nossa atenção, o nosso perdão e paz, a nossa simples paciência.  Há quem nunca aprenda,  quem nunca aprenderá, quem se recuse a aprender e a reconhecer. E que,ainda menos que reconhecer, pelo contrário distorce (triste...só se engana a si mesmo).  E há situações , atitudes e pessoas que  só por milagre se modificarão.
E pronto, já perdi palavras demais com este tema, mas ainda remato o texto   a partir da balada.
Como canta Lenine, "a vida é tão rara"... notamos que o mundo quer de nós "um pouco mais de paciência", vamos recusando a pressa absurda da vida que "não pára", "fazendo hora",no entanto, apesar de  toda a paciência que nos esforçamos por ter, concluímos que não é muito o tempo que temos para perder e há muitas outras estradas fantásticas e/ou misteriosas à nossa espera.
"A vida é curta!", disse alguém. Pois.
E ficamos uns minutos a olhar para o horizonte, a lembrar tanta coisa estranha e absurda do mundo à qual demos a  paciência e que não a mereceu. Depois, sentados à soleira da nossa vida esforçada, suspiramos e acabamos a encolher os ombros, pacientemente...
( e abaixo segue a letra)
(talvez lá para meio deste mês volte a ter mais paciência, quem sabe...)
Margarida Alegria (3 de Abril de 2013, in blog "Alegrias e Alergias")


Lenine - "Paciência"

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
2x:
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não pára não...

2 comentários:

  1. Respostas
    1. É verdade, eheheh...:P
      Peço desculpa, pela parte que me toca.
      A minha também não abunda, especialmente em relação aos constantes contratempos.
      Beijinho, amiga!

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