terça-feira, 15 de maio de 2012

DOIS CARTOONS-FERIADOS (2º e 3º de 4)-Pu Ké ke u Varito num gozta de Feriaduz (Jejé e Companhia)

(C) Margarida Alegria (blog "Alegrias e Alergias", 11a 15 de Maio 2012)

(C) Margarida Alegria (blog "Alegrias e Alergias", 11 a 15 de Maio de 2012)
Depois de uns dias com problemas "tecnológicos" (sem Net, o que me boicotou o planeado), eis aqui finalmente mais uns cartoons da Série sobre a abolição dos feriados.
Neste caso mas dois com o pequeno herói Varito. NO anterior, vimos qual era o sonho de reinar do pequeno. Aqui especulo um pouco sobre as razões prováveis  (AS VERDADEIRAS, não alegadas!) para tanta sanha contra os Feriados, sejam eles nacionais ou religiosos.
Senão vejamos, como disse em comentário no post anterior (VER AQUI O POST com o CARTOON 1): alguém acredita verdadeiramente que mais uns quatro dias de trabalho, para além de desvalorizar os salários, vão aumentar a produção nacional, a produtividade do País e dos trabalhadores? E isto quando em todo o mundo se vem provando que mais vale uma hora de trabalho bem aproveitada do que quatro pouco rentáveis, sem tecnologia ou motivação?
NÃO! Só pode haver outros motivos menos patrióticos e explicáveis pela psiqué, o ID mais profundo e todos aqueles termos  estranhos dos psicólogos e psicanalistas que justifiquem este ódio aos feriados.
TODAS as nações têm feriados(e muitas bem mais que nós!): os ligados à sua religião e à sua independência e outros marcos nacionais são fundamentais. Podem dizer que ninguém os celebra. Pois ora bem! E não há tanta gente que nem o seu aniversário celebra? Para quê ir por aí? Vamos deixar  cair a data colectiva só porque os citadinos não comemoram certos feriados religiosos, ou porque pessoas desligadas do sentido do país nem sabem o que se comemora num feriado nacional? Mas pelo menos ajuda a lembrar. E quem quiser comemora.Os outros descansam, passeiam, põem limpezas em dia.. Não pode haver feriados mais na moda e outros menos na moda, pois nesse caso celebrávamos os de marcos mais recentes e abandonávamos os mais "antigos" ... assim como uma cobra gigante que muda a pele e a larga por aí. Não: há que manter a nossa identidade nacional, ao menos para que saibamos responder à criancinha quando pergunta: "Hoje é feriado de quê?". E é ou não divertido vermos que há umas série de Nossas senhoras quase "rivais" entre si, sendo tudo a mesma: comemora-se o bebé que nasce, mas também a da Conceição e a da Assunção, que é diferente da ascenção (Jesus com "motor" próprio!), ...
E dos Nacionais, como são importantes as datas dos  feriados que estes "complexados" aboliram! Portugal não nasceu com o 25 de Abril, por mais impostante que tenha sido!
E qual é essa de que somos um país laico e não sei quê... então os senhores dos mercados e uns quantos "palonços" autênticos, que só pensam no olear das suas fábricas, agora põem uns contra os outros pelo país a discutir se os feriados nacionais valem mais que os religiosos, ou maçons contra monárquicos por causa deste ou daquele feriado, quando o que interessa é que são feriados bem antigos e marcantes e que todos deveriam ser respeitados pelos empresários que podem muito bem aproveitar as centenas restantes de dias para o progresso do país... Que se deixem de desculpas esfarrapadas! Qualquer dia reclamarão pelo fim da semana inglesa e pelo trabalho a todos os dias da semana  e por 24 horas de trabalho e pelos trabalhadores a dormir num beliche dentro da fábrica, como milhões de chineses,  pois nunca chegará nunca parece chegar para a sua ganância, por mais máquinas que sejam inventadas para aliviar o trabalho do Homem, máquinas que deveriam ser para nos tornarmos mais donos do nosso Tempo e não o contrário, escravizados ao valor absoluto do dinheiro disfarçado de Valor trabalho!
Já falei aqui da importância do descanso de quem trabalha, mas há que salientar outro aspecto: um país não vive só de Economia e Finanças, pos mais  (e demasiado ) importantes que se tenham tornado ao longo dos séculos. Um país tem de ter tradições, momentos de encontro, momentos de memória colectiva, nacional ou Universal, e não viver apenas para o círculo familiar, a cirandar entre o calor do lar e o jugo do trabalho. Estou à vontade para falar. Mesmo quando não estou a trabalhar, gosto de me ocupar. Não imagino a minha vida sem produzir algumas coisas, sem estar com certa actividade. Mas isso deve ser apenas UMA parte da nossa vida.
Por isso, e retomando o início com referência aos cartoons, creio que os que conspiraram contra os feriados já tinham algum trauma de longa data contra eles! Alguns patrões sonham com  a abolição dos feriados há "séculos" e disso falarei mais tarde, como verão. Não devem suportar estar em casa com os seus e depois.... Já o nosso ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mais conhecido por O Álvaro, deve ter um dos dos traumas (ou ambos) dos acima apontados: ou bem que na escola vivia o drama de confundir as datas todas e assim sonhar aboli-las, ou bem que, ao contrário do que apregoa (que é para PRODUZIR MAIS), sofria com tanto que havia para fazer  nos feriados! Não concordam?
Mas lá está, os feriados servem para fugir das rotinas, até das dos fins de semana...e as Tias-avós Aldegundes e Álvara também merecem uma ocasional visita!
(Falta portanto o 4.º e último Cartoon sobre os Feriados, assim a Net e a tecnologia me ajudem...)
Margarida Alegria (15-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias")

14 comentários:

  1. Querida Margarida,
    Primeiro, os cartoons. Não podiam estar mais expressivos. O Varito é aquela consciência que falta aos mais sisudos.
    A temática dos feriados entronca em questões mais profundas. Apesar de sermos um País de tradição católica, a verdade é, atualmente, somos uman ação laica como tão bem referencia S. Exª o Drº Mário Soares. Nada de confusões entre Igreja Católica e Poder politico.
    Igrajas cristãos são às dezenas para não falar de outros credos.
    Não se deve 'obrigar' todo um País a celebrar algo que não faz a minima ideia do que é (parabéns por saberes a diferença entre Ascenção e Assunção, não é para todos) que se está a celebrar. Já temos importantes comunidades Islamicas, hindus, judaicas, chinesas, etc, entre nós a a tradição não me parece ser motivo suficiente para manter tais feriados. Afinal, só servem para fazer outras coisas. Não têm utilidade para o que foram criados.
    Temos de seguir em direção ao futuro, não esquecendo a nossa história.
    Quanto aos feriados de origem histórica o assunto parece-me diferente. Temos de nos orgulhar de sermoa uma nação (mais ou menos) independente e com 800 anos de história imediata.
    Comemoerar a Républica? O termos expulso os espanhóis das nossas terras. Muita gente morreu por estas causas, mas às vezes nãomeimportava de ter uma rainha e não me importava de ser espanhola. Mas, isto sou eu a parvoar.
    Estes podem,e têm sentido em existir.
    De qualquer das formas podem existir feriados e trabalhar-se à mesma. Então não há o Dia da Árvore, o Dia da música,atc, atc, que são celebrados e continua-se a trabalhar.
    É como o Natal, está mais que provado que Jesus nãonasceu a 25 de dezembro. Mais de metade dosportugueses nem acredita em Jesus e querem feriados e pontes. Dizem que é a festa da familia. Pois bem instaurem o Dia da Familia, não vamos confundir oa pequenitos com Jesus, o Pai Natal, a Árvore de Natal e presentes: tudo misturado uma grande invenção que não tem sentido na realidade.
    À custa da chamada 'manter as tradições e a nossa identidade nacional' os feriados são uma prova de que existem só para não se trabalhar. Arranjamos todos os pretextos para não o fazer, eu incluida.
    Podia ficar para aqui a debitar parvoices, mas já nem me ouves, canso-te.
    Um beijinho e espero que a net tenha vindo para ficar.

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  2. Olá , Pérola!
    A net voltou ontem à noite, mas ainda difícil.
    Não quererás antes dizer que o Varito é a INconsciência?!
    Quanto aos feriados, decididamente não concordo contigo no que dizes que tanto faz haver ou não.
    E quanto ao haver já outras religiões por cá, não quer dizer que deixe de haver tradições muito enraizadas de uma principal e que para bem da sã convivência há que respeitar como maioritária. Senão vai lá te ntar proibir o Ramadão nos países islâmicos, ou tomar bebidas alcoólicas em alguns países árabes, mesmo que não se seja muçulmana...
    Quanto ao resto(o valor dos descansos, o Passado e o Futuro--- e já nem pergunto se há mesmo um futuro para Portugal, a este ritmo... já nem entrarei por aí...), o comentário a rebater sairia demasiado longo, por isso prefiro dedicar-lhe um post inteiro.. amanhã!
    ~Beijinho

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    1. Querida,
      Aguardo, mas achas menmo que mereço um post?
      As tradições saõ importantes, mas temos de ir caminhando (vou-te contar um segredo, até pertenço a uma Igreja das mais tradicionaia) em direção do futuro.
      Os feriados fazem sentido para comemorar algo de que a maioria de País se orgulhe e tenha prazer em celebrar. Não me parece que seja o que aconteça na grande maioria dos feriados, para não dizer em todos.
      Como disse, fico á espera das tuas sábias divagações, depois emitirei a minha modesta opinião, como sempre.
      Um beijinho, querida amiga!

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    2. Bem, talvez o tema pareçã pouco importante em si. Só que ele é sintomático, por pequeno que possa parecer, de toda uma descaracterização social e cultural que nos querem impor por lei. Depois da normaloização por bruxelas da fruta e das galinhas poedeiras, chega a normalização do Homus-esclavu (nova invenção) via desgoverno da nação. Assim muito conformadinho, caladinho, quietinho, resignadinho a todo o disparate com que sonharam quando andavam de fraldas a aprender o bê-a-bá do hiper-mega-ultra-liberalismo serôdio.
      E não nos podemos deixar ir nessa onda. nem em coisas que parecem mais corriqueiras...
      Até logo.
      Não me esqueci também do outro post que me pediste. Sou até capaz de fazer dois, pois dá pano para mangas. :)
      Bjo

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    3. Ai tanta gralha... a pressa. Não revi e tenho de acabar um post.

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    4. Não te preocupes com as gralhas. Dão um certo charme de indifernça com coisas menores.
      Sei lá! A verdadinha é que detesto dar erros, e como os dou, pelos mais variados motivos. Leva o tempo que precisares. Não te apresses. Vale a pena!
      Um beijinho

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    5. No post seguinte explico melhor. Isto tem andado mais complicado do que desejaria.
      E quanto às gralhas, embora não entenda nada de caça, talvez ainda organize uma caça blogosférica à gralha! :))
      beijinho, amiga paciente!

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  3. Gosto muito disto...
    já viste que nos arriscamos a que os Santos façam greve como forma de protesto por lhe terem "roubado" o feriado? Depois não temos a quem apelar...*

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    1. Obrigada!
      Eheh... aí sem a ajuda desses Santos, estariamos mesmo em maus lençóis, Tétisq.:))
      Quer dizer, para levar o país para "Baixo" todos aqueles outros "Santos" ajudaram. Já para subirmos de novo, se não tivermos ajuda do "Além", não sei a quem mais poderemos apelar...
      bjo

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  4. Gostei muito dos cartoons e concordo completamente com o que disseste!!
    Obrigada pela forçinha, ando mesmo a precisar!

    Beijinho*

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    1. De nada, Pink! Temos de ser uns para os outros.
      Obrigada eu pela visita e por apreciares os cartoons. Eles dão o seu trabalhito e sabe bem ter algum feed-back.
      E quanto ao resto, dias melhores virão. Agora é vivê-los um de cada vez...
      Beijinho! :)

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  5. São mesmo magníficos estes cartoons em que o artista principal é o "Barito, o Coiso"!!

    Beijinhos de parabéns.

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    1. Obrigada!
      Ainda bem que apreciaste!
      Hoje sai pelo menos mais um e muitos há na calha da série Jejé , desta miudagem que nos dá cabo da cabeça e... "coiso"!
      Quando os publiquei até pensei: "ena, o mfc tanto peia cartoons novos e agora que sairam ele está para fora!".
      Mas o que vale é que estas coisas dos arquivos dão muito jeito!
      Beijinhos

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