sábado, 30 de junho de 2012

Metas e "Lecas" - Ainda a Educação...

(Excelente cartoon  brasileiro,pescado na Net. Autor: Bibl (?))

Mais uns assuntos do "Mundo Educativo" (agora até quase soa a super-heróis e "Mundo de Aventuras"...)  um dos quais  tinha  ficado esquecido no post anterior sobre o tema (foi Lapso! foi lapso!!!):
Um é a carta dirigida à Direcção da FENPROF, missiva que já tem umas semanas....
Ei-la Aqui:

Diz respeito a professores as também a todos que se interessem pelo que está a suceder à Educação Nacional, pois é sobre o rumo torto das políticas Educativas (in blog:contra-a-escola.blogspot.pt, que não é contra a escola mas Contra o que está a ser feito contra a Escola, claro!).
Outro, este bem recente é o anúncio de que vai decorrer mais uma Manifestação Nacional de Professores, sob o lema "Contra o Desemprego" - Lembremos que  o MEC se prepara para "dispensar" cerca de 25 mil docentes(sem indemnizações, qual quê?),  sobretudo contratados (que o são há anos,precários portanto, contrariando a lei geral da contratação) deixando até muitos professores do quadro de Escola sem Horário, não porque não façam falta mas devido a una malabarismos para poupar dinheiro (popularmente, umas "lecas") que irá para o buracão BPN (então não vai a  Dívida do  arguido Duarte Lima e de outros ser suportada pelo Estado?!) ou para mordomias dos "lordes" que se abotoam com os dinheiros públicos. Ou seja, devido ao encavalitar de alunos em  turmas sobrelotadas, da organização de escolas em Mega-agrupamentos que trasformarão muitos professores em educadores itinerantes  e em aceleras nas estradas para saltar de escola em escola no mesmo dia, a transformação dos Currículos escolares não por critérios didácticos, mas para acabar com o número de horas de disciplinas e até com disciplinas inteiras....e por aí fora!
A Manifestação será portanto no próximo
 dia 12 de Julho, às 15h ,
 no Rossio, em Lisboa.
Julgo que seria excelente que também aparecessem Pais e alunos, pois está em causa a qualidade do Ensino de todos, a Escola Pública que se queria mais justa e com melhores meios para combater o atraso cultural e educativo e não esta "marmelada" liofilizada e baratucha (para poupar, muito mal, as tais "lecas") em que a querem transformar, ainda por cima sob o título cínico de "fazer Mais com Menos". Será. claro, conseguir muito menos com Muito menos!
O Cartoon que coloquei acima ilustra bem o que se pretende, a pretexto da "Troika" de costas largas e da austeridade. São medidas puramente FASCISTAS de criar educações diferenciadas-- para élites da treta e  o que julgam ser o resto da populaça--, transformar o nosso sistema, que tinha muito de melhor que outros em vários aspectos, numa oferta pública de Terceiro Mundo, como a que o Brasil e boa parte da América latina bem conhecem.
Agradeço e mando um beijinho para quem me alertou para estes dois eventos acima, a querida  amiga Isabel P. P..
Outro assunto é  o alerta para algo que se preparam para colocar em letra de lei em alta velocidade, também sem debate público: alunos com dificuldades, por exemplo no 4º Ano de escolaridade, para poderem passar de ano "menos mancos" terão as aulas prolongadas Julho fora, como se isso rendesse algum proveito. E será por conta de quem? não dizem, mas falam em grupos de alunos formados para o efeito e tudo indica que é para entregar essa recuperação aos escravos do costume, os  mesmos docentes que leccionaram todo o Ano Lectivo e que são assim postos também de castigo. Nem quero imaginar as guerras dos pais que costumam ir de férias logo em Julho e que já levaram a que até as simples matrículas deixassem de ser feitas dentro desse mês. O que vale a estas "desmedidas",-- que então com o calor estival e os famosos ares condicionados desligados, para poupar na conta eléctrica, vão ser algo de "destilante" em sabedoria e aprendizagem,--- é que muitos pais até já nem vão para fora de férias nos próximos anos e daí não haja para já muita polémica...
O último assunto é o das famosas "Metas de Aprendizagem" a várias disciplinas que o MEC finalmente divulgou aos professores, não sem antes fazer a devida propaganda nebulosa e vaga nos Órgãos de Comunicação Social, até pela voz do ministro Crato, que finge serem a quinta essência da novidade e da eficiência para a propalada "exigência". Anunciam como grande Inovação, mas quem olha para aquilo só vê mais do mesmo:
- Mais uma vez está a gerar confusão e protesto, pois essas "Metas" delineadas colidem com as que estavam a ser seguidas (e a equipa anterior do Ministério não foi consultada), colidem até com os programas (por exemplo há Metas para um ano lectivo que no Programa só consta para o ano lectivo seguinte, obras de leitura literária para os alunos de um ano que só podem ser apropriados para os alunos e a matéria do ano seguinte... por exemplo, "Auto da Barca do Inferno" na Lista de Português do... 8º ano em vez do 9º)..
- Mais uma vez os professores recebem estas mudanças tarde e a más horas vendo até normas e terminologia que contraria a do programa e as acções de formação  recentes sobre os novos Programas (mais uma vez há uns senhores catedráticos a quem entregam as tarefas destas coisas, completamente alheados das realidades escolares e de outras equipas e da opinião dos docentes... enfim, "capelinhas" de diferentes correntes científicas, por exemplo, gerando mais uma vez a instabilidade em quem terá de leccionar as matérias "in loco");
- Mais uma vez prazos apertados e desadequados para opinar e contrapôr, com exames a decorrer e escolas a terem de preparar novo ano lectivo que aí vem: até 23 de Julho! Ora nem mais! Só para depois poderm alegar que consultam, antes de publicar em Diário da República como fizeram com outras questões polémicas, como a Organização do Ano Escolar (já aqui referida) que deveria ser negociada e não foi!
- Mais uma vez a darem como novo e revolucionário algo que não o é! Parece que estão a inventar a Roda, mas é só um processo velho com novos títulos: agora chamam-lhes "Metas", com uma série de "descritores", mas há mais de uma década chamavam a isto "Objectivos específicos" da disciplina, para além dos gerais que havia para cada ciclo; depois veio nova moda e já não havia "Objectivos", mas as "Competências" e passavam-se longas horas em debate sobre o que eram uma coisa e outra! Agora voltam a ser tópicos do programa definidos ano a ano, não sendo os antes "objectivos mínimos " a alcançar, mas o ideais que se pretendem que todos  os alunos saibam (ora para isso havia os próprios Programas, não?), independentemente do nível classificativo que os alunos atinjam;
- Mais uma vez há incongruência, pois os novos programas estabelecem Metas por Ciclo e não por ano e estas Metas agora entregues pelo MEC estão distribuidas por anos lectivos e, como disse acima, sem o encadeamento , a cooordenação e a articulação que exigiriam.
Como disse, chegaram ontem em PDF e ainda terão de ser digeridos em alta velocidade e em época de exaustão docente...
Já não podemos fazer tudo! Apelo aqui à Sociedade Civil e sobretudo aos pais para que estejam alerta sobre o que estão a fazer às Escolas em geral e à Escola Pública em particular. Como mostra a anedota em cartoon, não tarda será mais o dinheiro que os pais gastarão em livros e cadernos para os filhos, do que aquele que o Estado dará, dos Impostos dos cidadãos, para pagar ao funcionamento das escolas, incluindo o material mais precioso e difícil de produzir: os Professores( que recordo serem profissionais  com formação superior,especializados e qualificados e não uns tarefeiros de ocasião!).
Por isso o meu apelo: mexam-se também, Pais e Encarregados de Educação, antes que seja tarde demais!
Margarida Alegria (30 de Junho de 2012, in blog Alegrias e Alergias")

14 comentários:

  1. Professores em saldo está muito bom! Como sabes eu voltei a estudar estou na licenciatura de História e embora não tenha seguido a via ensino não sei o que me espera. Num país com o património e História como o nosso não se compreende o desinvestimento na história como ciência, a investigação histórica como investimento e factor de desenvolvimento do país.
    Sou solidária com a luta de todos os professores.
    Não sei se leste este artigo do nosso jornal, como pode ser interessante para ti deixo a sugestão :
    http://www.acabra.net/artigos/nuno-crato-o-ministro-que-deixou-a-casa-ao-abandono

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    1. Obrigada, Tétisq!
      Isto está tudo muito msl e quando as primeiras medidas de austeridade que foram anunciadas há um ano foram desde logo o coete em subsídios e pensões e ainda cortes na Saúde e na Educação (não nas obras públicas ou na Defesa...) está tudo dito quanto às prioridades dos incultos desgovernantes!
      O Ensino superior está a chegar à bancarrota, afinal com tão altas propinas que os alunos pagam... o Estado não dá nada? Passaram do 8 para o 80. <Infelizmente não ´r só cá. No Reino Unido, o país das bela Universidades, houve uma subida gigantesca nas propinas. E como os estudantes se mexeram!
      Obrigadíssima pelo texto. Julgo que também será interesssante divulgar este sector que anda na sombra.
      Posso, Tétisq?
      Beijinho!

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  2. "Mais uma vez". Sim, tem razão. Mas há um problema. Durante décadas os professores estiveram-se pura e simplesmente nas tintas para o completo assassinato dos programas escolares. Estiveram-se nas tintas para a destruição da gramática e a sua substituição pelo ensino de sei-lá-o-quê-de-acordo-com-a-última-masturbação-intelectual-dos-senhores-lá-do-ministério. Estiveram-se nas tintas para a eliminação da literatura dos programas e pela substituição pela análise de textos dos jornais e da tv guia. Estiveram-se nas tintas para a introdução do AO90. Nada os interessou. Tudo aplicam, desde que venham de lá uns "programas" e umas "formações". E agora é que se incomodam??

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    1. Poderiam os professores recusar? Como? Fazendo greve?

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    2. Pois, Anónimo.
      Os professores acabam por ser sempre um bom bode-expiatório para tudo.Assim o país pode ficar contente e continuar paralisado. Os proessores podem ter culpas em várias coisas, mas não tanto nsito. E apenas reflectem um estilo passivo que é comum em TODOS os poretugueses, ou quase todos. embora parte da crítica do Sr. Jorge Teixeira tenha alguma razão de ser, mas só em parte.
      Porém não estou agora com tempo para lhe rsponder com calma e acho até que a resposta merece um post inteiro para esclarecer muita coisa.

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    3. Cro Jorge Teixeira:
      a resposta ao seu coentário, como disse abaixo ao Anónimo, dá azo a um post inteiro de resposta, para limpar muitas teias de aranha de lugardss comuns e bodes expiatórios que poer aí perduram. A maior culpa que os professorea podem ter será sobretudo o não transparecerem cá para fora muito do que os angustiam dentro daas escolas, talvez por excesso de zelo em quererem aparentar "normalidade" na vida Escolar e não perturbarem os seus alunos. Até fazem as manifestações aos sábados, veja lá bem!Se calhar foi um grande erro, ao longo dos anos, os docentes manterem as críticas em circuito fechado com o ministério e na maior parte das vezes sem resposta da parte deste a dúvidas, protestos, cartas, relatórios diversos. Mas disso falarei no post, amanhã. Deveriamos ter um ppoderoso Lobby na Comunicação social, com direito de antena a pelo mennos a tantas horas em debate e comentário como crtos economistas, gestores, jornalistas do sabe-tudo mas de superfície.
      Agora felizmente há os blogs, que permitem a divulgação a estas aflições e críticas. Mas por vezes nem os jornalistas neles de informam, gostando só de se ouvirem /lerem uns aos outros. E o cidadão ousider só se informa por jornais ou TV, quando o faz...para além de ler a Maria e a Caras.
      A nossa falha foi a nível de propaganda e comunicação, fechados num estatuto imposto de cima de funcionários públicos que têm deveres de Zelo (e é de lei...) e não de total direito de opção de educadores. Dou apenas um exemplo paralelo: um professor acgha que um aluno não sabe para passar à sua disciplina: pois há todo um conjunto de outras pessoas qu t~em direito legislativo a interferências diversas: directores, colegas do conselho de Turma, Directores de turma, psicólogos de dentro e de fora, há uns anos também os pais e as direcções gerais de educação,Conselho pedagógico, quaquer dia os autarcas ....
      Sabe a frustração que pode ser para um professor a desautorização só num caso destes, onde todo o trabalho de um ano acaba deitado ao lixo e desautorizado, vendo o professor a passar tanto o aluno que trabalhou como o que nada fez? Só o consegue impedir às vezes e à custa de muita reunião, muito relatório comprovativo a justificar.-se e algum bom senso que haja dos outros!
      Bem amanhã falamos.
      Quanto ao que diz do AO90
      errou precisamente o alvo, pois tenho sido das pessoas e este tem sido dos blogues que mais tem feito campanha contra o dito AO, mesmo às custas de desobediência profissional, divulgando vários posts sobre o tema, com o poderá procurar nos temas das Etiquetas. A propósito? Já assinou o ILC contra o AO e enviou ao seu promotor João Pedro Graça? Procure num dos posts, onde deixei o Link. Terá que imprimir o foemulário e enviar para o apartado indicado, não esquecendo o número de eleitor! É uma quartão que ainda está de pé, pois ainda não está em letra de lei. Foi votado pelo Parlamento a título de conselho e não de ordem e como tantaos outros pode ser evitado. O MEC e Com. Social é que baralha tudo.
      Até amanhã.
      Cumprimentos|

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    4. Lamento as gralhas mas não são o novo AO, apenas um teclado defeituoso.

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    5. Sim, já assinei a ILC. E o meu comentário não se dirige especificamente a si, mas ao comportamento da generalidade dos professores que tem sido sempre de uma extrema indiferença quanto aos desmandos que têm transformado as nossas escolas numa máquina de produção de analfabetos funcionais.

      O que poderiam os professores ter feito? Muita coisa! Greves? No limite sim! E teriam muito mais respeito greves contra medidas de descaracterização do ensino do que greves apenas sobre salários e carreiras! Porque os únicos temas que mobilizaram os professores nas últimas décadas são apenas as carreiras! Os professores demitiram-se do seu papel e enfiaram a carapuça do "funcionário" como se um professor fosse um simples escriturário ou contínuo.

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    6. Nisso que diz concordo completamente consigo, ou quase.
      Há uns escolhos:
      Quem convoca greves são os sindicatos e como estes andam alheados de muitas questões estritamente educativas há muitos anos( a sua missão é sobretudo defender causas laborais), não estão sensibilizados nem lhes dão prioridade. E infelizmente só quando há causas de desemprego e salários partem para essas medidas como a greve. As grande manifestações de 2008, ao contrário do que possa parecer e se bem se lembra, foram a explosão após a gota de água da novo sistema de avaliação docente e não só sobre o mesmo. Havia muita coisa acumulada e como os docentes sempre foram profissionais a querer ter low profile e daram destaque á sua missão, quase "sacerdotal" para muitos...em suma, sãpo bastante masoquistas,foi preciso estarem exaustos para aderirem e se mexerem até á capital. Os próprios sindicatos perderam o pé no fenómeno, numa reacção raríssima de uma classe tão heterogénea.Mas a Comunicação fez o seu trabalho habitual de simplificação. Depois foi o que se viu, tinhamos na mão o Ministério para debater esse e outros problemas com seriedade, mas os sindicatos trairam os docentes e assinaram um memorando de entendimento de muito má memória, por manobras políticas. E boa parte dos professores, como diz e bem, desistiram e trataram da vidinha. E agora muitos entendem que nada vale a pena neste sistema minado. Mas lembro que nessa altura muitas outras reivindicações surgiuaram em cartaz de quem raramente tem voz.
      E nesse aspecto sublinho de novo que não é tão fácil aos professores "comuns" terem voz. Basta ver que isto de novos programas é colocado sempre na mão dos Profs do ensino superior e quando nos consultam é só a fingir (inquéritos à última da hora quando a lei já está no prelo).
      Concordo consigo que somos passivos há muitos anos, mas sempre tenho visto muitos delegados sindicais a saberem contrariar os nossos argumentos com isto e aquilo. Quando questionamos em grupo e departamento o ME/MEC, nunca se obtém resposta. As associações de professores geralmente não são representativas e assinam tudo por baixo, pois não estão no terreno.
      Concordo quando diz que muitos somos conformistas e que,se nos manifestássemos sobre estas questões específicas em vez de outras, teriamos mais apoio, mas como disse acima não é tão simples assim. Manifestações podiam ser, greves não. E manifs teriam ser mais gerais como na Alemanha e na Espanha e como disse acima COM Pais e Alunos, em defesa da qualidade e educação. Por outro lado, está a ver uma manif assim: profs de Poetuguês manifestam-se frente ao MEC contra os novos Programas.
      Quanto ao que diz dos programas, não são todos assim tão maus como diz, à parte alguns bem ridículos e que não deveriam ter sido alterados (pioraram muito). São é imensos, a querer "meter o Rossio na Betesga" e descooordenados entre anos a até horizontalmente com outras disciplinas (lembro-me do desfasamento Português/História ou Matemática/Física de que muitos se queixam.
      Mas não, os professores não têm deixado de se indignar com muita coisa, embora muitos se rebaixem como diz (e tantas tantas vezes são os mais novos...)e façam tudo mais ou menos acriticamente. O que não temos é voz forte, perante estas questões, como têm os sindicatos na sua especialidade para que foram criados: defender direitos laborais.
      Bem, mais há a dizer, para outro local.

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  3. Ainda ontem estive no Porto na manif contra o desemprego promovida pelos Indignados.
    Foi uma vergonha... meia dúzia de pessoas na Batalha!
    Em Lisboa 150... assim definitivamente não vamos lá!

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    1. E eu que estava a planear ir, mfc...
      Mas ensarilhadas familiares acabaram por me impedir de chegar a horas, acrescido de um engarrafamento de trânsito. Acabei por desistir e dar meia volta, pois já eram quase quatro e meia....
      Por acaso cheguei a suspeitar que não haveria uma multidão. Ontem parece que as pessoas nas cidades desapareceram (os carros em certas zonas até e eclipsaram. Será que já foram de férias?). E a divulgação de há umas semanas parace que esmoreceu na recta final. Eu ia, mas com receio até que tivesse sido desconvocada.
      Mas nunca pensei que fossem assim tão poucas pessoas! :((
      O que receio é que as pessoas tenham desistido de se manifestar e que depois isto rebente da pior forma, proporcionando pretextos para repressões e ditaduras,

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  4. Parece que já provocaste polémica, não com os anónimos, mas com o srºJorge teixeira.
    Parece-me é que andam a surgir leis atrás de leis, medidas sem rei nem roque. lgum dia nem o Ministériose entende no meio de tantas novidades.
    Notei nas reuniões de final de período e de renovações de matrículas que há muita dúvida no ar. Os professores parecem-me receosos,pelo menos os mais novos, sem lugarec cativos.
    Como encarregada de educação estou expectante e até preocupada com os novos currículos.
    Em 10 ou 15 anos vimos nascer emorrer disciplinas como Formação Civiva, Estudo Acompanhado, área de projeto.
    Parece que andamos a brincar ao ensino e os alunos serão os principais prejudicados.
    Não gosto, mas também não me manifestei. Desta forma, não me posso queixar, mas votei e não foi nestas medidas.
    Um beijo
    Vou dormir com o teu cartoon na cabeça, espero não ter pesadelos.

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    1. É isso mesmo que dizes. Pérola!
      Uma catadupa de leis atrás de leis, muito amadorismo por parte da tutela (nem imaginas as cosntante correcção aos documentos que enviam para "reflexão" antes da imposição! e já antes deste governo).
      É brincar à educação, exactamente como dises.
      Lurdes rodrigues acoedou um dia tendo sonhado dobrar a espinha aos doecentes e fazer golpe publicitário atirando as culpas da educação precisamente quem ainda aguentara o barco no meio de tanta loucura: os professores.
      Agora estes jovens inexperientes acordaram com o onho de mudar a sociedade de alto a baixo, mas em vez de ser pela via certa mas ais lenta, a educação, fazem-no pela lei e imposiçºao de disparates e cortes, querendo que sejamos não bons portugueses com o que há de melhor em nós, mas uma espécie de monsteo do Frankenstein, com braços de trabalho de chineses, mania de produção de japoneses, salários dos bairros indianos, frieza tecnocrática de wall street, inflexibilidade alemã, impostos suecos, direitos dos escravos subsarianos, preços noruegueses, resultados finlandeses com investimento público zairense, corrupção à africana dos amigos a conviver com obrigações dos cidadãos dos nórdicos...tudo menos sermos nós, pois PPC e sue amigos já sublinharam que têm vergonha de Portugal (abrem excepção para o futebol pois fica bem na foto e para a Galp do menino choninhas da carta do anúncio!) e estão sempre a dizer que devemos parecer bem LÁ PARA fora, ser bem vistos LÁ FORA e não cá dentro!
      Tenho nojo e estou cansada destas políticas que só deixam tudo em pentanas! Cada vez mais!
      Ainda bem que pais atentos como tu se vão apercebendo do que se passa!
      Beijinhos e dorme bem, ó autora!
      Em fim-de-semana de glória! ;))

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    2. Minha querida,
      Os comentários dariam umas dezenas de posts.
      Li as tuas respostas aos senhores acima. Fiquei com mais informação.
      Não percebi bem se o ensino está melhor ou pior no pós 25 de Abril. Estou cheia de dúvidas. Voltamos aos exames nacionais, às disciplinas tradicionais.
      Se calhar a primavera marcelista de que ouço falar até nem foi má ou terei de estudar melhor o assunto?
      Cada vez andomais perdida, mas nãome sinto só.
      Ontem falei com uma professora do Montijo que dá aulas em Lisboa. parece que este ano podem concorrer e há preferência pela residência (informação do DT do Afonso), ela nada sabia.
      Enfim, nem os professores sabem de tudo o que o Ministério faz sair cá para fora.
      Duma coisa não os podem acusar: de falta de leis, regulamentos e afins. Há que estar atento diáriamente às alterações e revogações. É um trabalho a tempo inteiro.
      beijo e descansa.
      É uma matéria sem fim à vista.

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