domingo, 3 de junho de 2012

Sobre o sucesso a todo o custo (texto da blogosfera, a ler)


(in jornal "Público", 3-6-2012)
Não sei se a digitalização permite ler o texto, mas como é uma adaptação de um post do blogue "A Educação do Meu Umbigo",(do dia 25 de Maio último), feita pelo seu autor, Paulo Guinote*, deixo aqui o link do post original , apenas com ligeiras diferenças no fraseado: "Circunvoluções".
Ou de como, hoje como ontem, se vão dando novas roupagens a querer que, por força e independentemente de mérito, os alunos tenham sucesso, sendo que o que correr mal poderá sempre ser atribuído aos professores.
Um texto claro e explícito, de alguém que muito tem sofrido por insistir em defender a sua independência e pensar pela sua cabeça. O que deve baralhar o sistema de etiquetagem  de esquerda, direita, centro ou retaguarda de tantas "anónimas-antónias" que por aí andam com os mais diversos "entusiasmos".
(como já expliquei a todos e à  "minha" "Antónia" noutro post, não podemos continuar a guiar o sistema Educativo por  ideologias partidárias que de uma forma ou de outra acabam por desejar apenas as estatísticas de sucesso, que passam ao lado do que mais importa, que é preparar e ensinar devidamente os alunos, não os iludindo com um sucesso  falso que lhes hipoteca o futuro, mas também não os usando como números para outras manipulações, do "ante e depois" da acção de um dado governo. Não vamos a lado nenhum se não sairmos destes círculos viciosos e manobras politiqueiras).
Podem implicar com o Paulo e com a polémica que gera por vezes, por tom mais acalorado ou impaciente, mas ninguém pode negar que é alguém de grande capacidade de trabalho e gabarito intelectual, que procura ter uma  coerência de pensamento como é raro, o tipo de coerência que mais interessa: de acordo com a sua consciência e com a verdadeira experiência que tem de ensino, "in loco" e não apenas  de fora, em debates televisivos.
Em suma: viver todos os dias cansa, como  rezava o título de um livro de Pedro Paixão. Eu acrescentaria: e em Portugal ainda cansa muito mais...
(* , professor do Ensino básico, Doutorado em História da Educação, autor de livros, autor do blogue "A Educação do Meu Umbigo")
Margarida Alegria (3-6-2012, in blog "Alegrias e Alergias")

7 comentários:

  1. A estatística não premeia o trabalho dos alunos mas facilita o trabalho de certos governantes...*

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    1. Ah pois!
      Se facilita! Então quando têm apenas 4 anos até próximas eleições e a Educação é um trabalho para décadas...a tentação estatística é enorme.
      Estamos a sofrer sempre com a ausência sde continuidade e estabilidade de um Sistema que devia ser mais prático, simples e com visão de Futuro.
      Bjo*

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  2. Os alunos são diferentes, assim o "sucesso" de cada um terá necessariamente que ser diferente!

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    1. É isso. Um interessante ponto de vista, mfc.
      O sucesso que se deve pretender que eles tenham é que encontrem a sua vocação e para além disso fiquem com conhecimentos básicos, espraiando-se nas áreas em que forem mais dotados.
      Isto de os querer juntar a todos num sucesso forçado de rebanho não lhes vai valer de nada.
      E agora a nova moda de pensar que a educação e avaliação das atitudes os vai prejudicar na avaliação é um virar o disco e tocar o memsmo. Nem tanto à terra nem tanto ao mar. Já tem sido observado que os alunos com atitude de responsabilidade e educação eram os que depois mais facilmente ingressavam em empregos (quando os havia) e até os únicos que eram aceites em ... escolas profissionais...
      Quantos me vinham dizer depois: "ah... entrei no curso que queria mas... fui convidado a sair/fui expulso..." (pois!...)

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  3. Querida Margarida,
    tenhoo decomeçar por um reparo: as 'tuas anónimas/antónias' levaram-te a pôr de lado os vermelhos e outros tons. Ficaste 'influenciada', nem acredito! A minha destemida amiga fez umas cedências. Devem estar-se a rir as 'tuas amigas anónimas/antónias'. Para a próxima farás um post 'limpinho' mostrando o teu outfit do dia, com direito a fotografias de vários ângulos para se ver bem os sapatos, os decotes e por aí fora.
    Bem, deixemo-nos de palhaçada que o assunto é sério.
    na educação sempre tive a sensação que se debete os professores os seus direitos e deveres, as escolas, mas os alunos só servem para as estatisticas. Como se as escolas existissem com outro propósito que não os alunos e a sua formação.
    faz-melembrar os hospitais e os seus médicos e enfermeiros. Com tanta politiquice à volta das suas classes, parece-me que se acabam por esquecer para que existem: os doentinhos,os utentes.
    Concordo com a tua abordagem, a politica e os seus objetivos não servem bem a educação e no final quem fica a perder são os educandos e o País. Afinal, formamos os próximos governantes desta retângulo de país.
    Como isto está calmo, voltarei para a 'hora de ponta'.
    Um beijinho.

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    1. Querida Pérola:
      Por acaso também reparei nisso, mas ainda há bocado lá coloqeui uns vermelhos num post. è conforme quero alertar. Só uso mais as cores quando o post é mais longo. Ou quando tem alguas frase bombásticas, o que não é o caso.
      E o verde claro é a cor obrigatória(dwste modelo do blogger) que surge sempre que ponho um link para clicar. Mas se calhar estou a autocensurar.me. Mas não. Vi em post antigos e de faco só os pinto mais quando são mais longos. Fica descansada! ;))
      Quanto à educação, concordo que o que aparece mais nas televisões e jornais são as luts laborais dos professores. Precisamente porque os poderes querem sublinhar isso para fora, opor um lado. Por outro lado as caras visíveis são os sindicatos, porque não temos outo tipo de representação mais credível e... eles só entendem disso, pois há anos que muitos não v~eem uma sala de aula. Por outro lado a nossa clase é, como já expliquei, bastante desunida, e foi preciso umm ponto de sobrecarga de rutura para levar muitos a alinhar nas gigantecas manifestações de 2008. Mas logo depois os sindicatos trairam o que estavamos a alcançar o que iria dar poder para mudar muita coisa na educação em geral. Trairam assinando um acordo pífio nem sequer por um prato de lentilhas, mas devem ter tido ameaças aos cargos deles , por debaixo da mesa... nunca saberemos. Os professores esmoreceram e muitos desmobilizaram. Muitos também foram pressionados e cederam por medo...mas isso é outra história. Mas falta realmente uma movimentação geral que englobe todos. mas a representatividade dos pais ainda não é grande e para muitos, desde que os filhos estejam guardados, nem têm tempo para se afligirem com mais nada, Outros são privados de irem às escolas, pelos patrões... falta uma cultura geral de valorização da escola e todos temos culpas. Os professores não são é "coeporativos" como os médicos e outros nem com o os comentadores nios acusam. Antes fossemos! era sinal que eramos unidos! Faz-e rir quando nos acusam nas TVs de corporativismo! Vê só como exemplo daqeles professor que se suicidou, um professor experiente que viu ignoradas as saus queixas dos alunos, pela escola, depois pelos investigadores... caiu em saco roto. E nós professores aí també deveriamos ter feito um forte protesto, assim como quando aquele miúdo de mirandela se matou, ou quando professores com cancro morreram obrigados a trabalhar até ao último suspiro!
      Bem... isto vai longo..
      beijinho. Vê o p´roximo post... mais trsitezas do nosso mundo!

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    2. ai o teclado!! Cada vez falham mais letras!!! Ups!!

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