quinta-feira, 31 de maio de 2012

Do it Rover, c'mon! Good dog!

A Agência de notação financeira /Rating Fitch, de nome anglófono mas de origem francesa (há mercenários em todos os ramos, para quê a admiração) veio agora gabar o plano de privatizações do governo português e dizer que estamos no bom caminho. Também disse que , segundo os seus cáculos (?)- "científicos", supomos-- os bancos portugueses ainda vão precisar de mais uns bons  mil  milhões de Euros  para se calçarem, digo, financiarem e estabilizarem...
Curiosamente vêm também  "alertar" que a Caixa Geral de Depósitos é um "risco orçamental" para o país.
Bom, E eu pensava que ,pelas notícias que têm vindo a lume,  o maior risco orçamental vinha dos belos contratos blindados e lesivos ao Estado das famosas PPPs (Parcerias Público Privadas).
É curioso que não tenham opinião sobre o que se soube agora, que nos contratos das portagens das ex-scuts os maiores beneficiados foram os BANCOS e as concessionárias, em prejuízo do Estado, levando os contribuintes a pagarem por TRÊS vias! (VER  e ouvir AQUI: "TC enganado pela "Estradas de Portugal")
Estes palpites da Fitch são de hoje, ainda se desconhece a reacção dos governantes. Mas o mais provável é ficarem muito contentes, seguirem todos os "conselhos" como é costume, irem até além do aconselhado e ,para além de se equilibrarem nas patinhas traseiras a abanar a cauda, farão o pino e contorcionismo como o cão da foto. Depois, abanarão de novo a cauda e receberão mais um torrão, digo, uma "tranche" de "empréstimo".
Já há "estudiosos" alemães a sugerir que vendamos o ouro e a s "jóias de família"... Não não as do pobre cão: referm-se ao famoso ouro de Salazar e aos nossos tesouros artísticos e património, que deveriam ser empenhados... :((
Uma pergunta que se faz há muito tempo: não seria um bem para todos a extinção/ ilegalização. só para bom começo, destas agências de Rating (cujos maiores accionistas são bancos estrangeiros, como o G.-Sachs) ?
Ah pois, são necessárias não sei para quê... coisas de "economistas"...
Entende-se assim toda a extensão da expressão "Mundo Cão".
"Alergia" (31-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias")

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Aos anónimos com letra pequenina

Era uma vez um anónimo que não conseguia ler muitas palavras. Só poucas, pequeninas, iguazinhas.
Palavras, palavras; palavras.
E que não gostava de cores. Cores, cores ,cores.
Como não quis desncaixotar a cabeça...
(cabeça. Cabeça! Cabeça?)
....nunca conseguiu arejar e ver o mundo ( com suas cores! cores! cores!) nem entender o que parte dele dizia (palavras. Palavras? Palavras!)...
E então passou a  ler apenas os rótulos da"sua" caixa (poucos, pequeninos, iguaizinhos) e a contemplar a cor dessa caixa, muito neutra, regular, sorumbática, quer dizer,...  meditativa.
Aos poucos a  sua cabeça ficou quadrada:
"O Drama, a Tragédia o HÔRRROR!"
(o drama a tragédia o horror dizia o albarran no seu programa por entre olhinhos e suspiros mas de que é que o anónimo se lembrou agora ele que acendeu um último cigarro intelectual que foi um desafio arrojado aos censores da sociedade cruel e colorida e estou a ficar sem fôlego de toda esta frase sem expressão ou pontuação drama tragédia horror)
Oh!Mundo cruel!
(ou antes oh mundo cruel)

A página em branco...
o vazio...
o Infinito.
....
...
"50% de lactose 20% de algodão, 30% de excipientes de soja transgénica...."
"frágil. Este lado para cima"
(com um suspiro começou a citar Régio: "sei que não vou por aí!". Mas como esse poema era muito longo- com palavras palavras palavras-- logo desistiu e exclamou:"Transformem "Os Lusíadas " e "O Ulisses" em códigos de BARRAS!!!!!")


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o blog "Alegrias e Alergias" segue dentro de momentos, depois deste exercício de "estilo nouveau". Descansem. Nenhuma palavra foi ferida de cores.
Margarida Alegria (30-5-2012)

sábado, 26 de maio de 2012

Bem-vindos ao CIRCO MEC-GAVE!!! Ou...Contas manhosas...Exames mais difíceis

                (ora ligue os pontinhos e o que dá? O circo habitual! Com jovens cobaias amestradas!) :((
Criei este blogue para ter o meu espaço internáutico criativo e crítico, sem interferências ou censuras alheias, para exprimir as minhas ideias e opiniões, as minhas alegrias e angústias. Pretendia que fosse um blogue com bastante humor, mas também com  seriedade, sonho, esperança e ... as minhas "maluquices". Trataria dos meus temas de eleição, com principal destaque, claro, para a Educação.
Acontece  ultimamamente as novidades do campo educativo estarem longe de serem alegres, sendo até, pelo contrário, bastante desanimadoras. Descoroçantes até.
Depois de seis anos de tentativa de massacre da reputação dos professores por Lurdes Rodrigues, Sócrates e " sus muchachos", houve uma ligeira nesga de esperança vindo do novo MEC, com promessas de que voltaria a centrar as Escolas no essencial, no ensino e valorização do esforço dos alunos, no respeito pelos docentes e pessoal ligado à educação, na simplificação da burocracia inútil que nos afogara e estrangulara nos últimos anos.
Pois bem, tudo isso não passou, pelo que vemos na prática, de mais ilusões e falsas promessas! Respeitar alguém, neste caso os professores, não é só tratar esse alguém com cortesia em cerimónias públicas ou ter um trato mais afável em entrevistas ou colóquios. Esse tom pode ser um pouco paliativo, depois da arrogância de MLR, mas isso já viramos na pose mais sorridente da sua sucessora Isabel Alçada. As políticas, essas, num caso como noutro, foram e continuam a ser de desrespeito, de invasão e alteração legislativa constantes, de mais burocracia, de mais "reunite aguda", mais exaustão causada a toda a comunidade educativa! Não nos deixam espaço para valorizarmos o que importa mais, o centrarmo-nos nas aulas e nas questões didácticas, no fundo... nos alunos!
Não, os alunos não são uma espécie de "clientes", como está aí em voga em visões de gestão ultraliberal, nem tão pouco os seus pais o são. Uma Comunidade Educativa verdadeira é a que engloba todos (alunos, professores, funcionários, pais, comunidade local), numa tentativa de educar as nossas crianças e os nossos jovens, naquela perspectiva do provérbio (chinês?) que diz que para educar uma criança é preciso toda uma aldeia.Não é a criação de mais organismos burocráticos com enorme peso do poder local, leia-se caciques locais, que tantas vezes só se preocupam com as escolas em períodos pré-eleitorais. Durante décadas, devagarinho, essa comunidades  educativas foram surgindo, mais ou menos coesas, com maior ou menor participação de todos. Mas vem uma tutela, o Ministério, que ,hipocritamente apregoando o aumento de autonomia e o respeito, cada vez talha a golpes de foice essa mesma já parca autonomia, esse respeito já tão "trucidado".
Então é o dilúvio, que continua com este novo (des)governo. A todos os níveis reforçam a destruição do sistema educativo idealizado por dona Lurdes e vou listar apenas alguns aspectos:
-- regressa a politiquice partidária às escolas (erradicada poucos anos após o PREC), com  a criação dos  pomposos Conselhos gerais, desprestigia-se o peso do Conselho pedagógico (primeiro deixando de ter voto deliberativo das decisões da escola) e agora, com Crato e em normas de há dias, retirando(sem terem debatido) os representantes dos pais , dos alunos(do Secundário) e dos funcionários auxiliares do  dito Conselho Pedagógico!
- Para além dos já discutíveis agrupamentos de Escolas, que chegaram a ser verticais , mas passaram a horizontais, vemos não só o NÃO abandonar da ideia mirabolante dos Mega-agrupamentos, mas ainda o agravar (por razões nitidamente economicistas, o que é um tiro no pé, pois vais sair mais caro  ao país, a muitos níveis inclusivé o financeiro!) para" Hiper-Mega-agrupamentos", o que poderá levar a termos um director, com poucos assessores, para um conjunto de MILHARES  de alunos, até há uns com mais de 9 mil!,abarcando escolas distantes de quilómetros, fazendo professores dar aulas em várias escolas, em itinerância e cansaço extra,  fazendo os pais  terem de tratar papéis dos filhos a kms e  perderem a proximidade com a escola e quem ensina os filhos,  ficando os alunos perdidos, alienados, feitos números anónimos numa escola que ficará muito  mais impessoal; e tudo para pouparem uns tostões em directores, professores, funcionários de secretaria...
- os currículos mudados de modo a poupar  no nº de  horários docentes sem se saberem quais são afinal as tais "metas de aprendizagem", ou seja, o que se quer que o Sistema educativo ofereça de essencial aos alunos;
- Umas áreas que se dizem reforçadas ,mas que agora, com as contraditórias  Matrizes Curriculares reveladas ontem, não se percebe onde surgem reforçadas;
- A área da educação artística cada vez menos valorizada e cada vez mais subalternizada, num país que se quer virado para o turismo e a... CRIATIVIDADE! .- Sobre este tema tenho um post em rascunho, pois merece dstaque mais alongado; entretanto assinem a Petição Pública que abaixo se linka. Deixo apenas em destaque que até penso que deveria ser a área das expressões a NUCLEAR de todo o currículo e não um suplemento para enfeitar... mas então explicarei melhor o meu ponto de vista...
- As turmas de novo a aumentar de número de alunos, devendo rondar os 30 alunos ( e não cabendo esse número tantas vezes nas salas modernas!),  medida contraproducente num ensino que se aconselha a ser cada vez mais individualizado e incentivador das qualidades de cada  aluno;
- Escolas e mais escolas do primeiro Ciclo a fechar, ao arrepio do prometido, também , cada vez ajudando a  centralizar tudo e a desertificar mais o interior;
- Os programas que continuam desconexos e enormes, nunca se avaliando, de uma experiência para a outra, o que é de manter e o que é de mudar, ou seja, sempre tudo tratado em gabinetes de pessoas bem longe da realidade do ensino e das dificuldades em executar tanto delírio programático;
- a pseudo-avaliação dos professores que afinal continua igual como MLR a traçara, com toda a burocracia pateta e com  todo o desgaste, com toda a injustiça e mais uma vez tendo sido praticamente perdida a antiga componente de formação contínua científica que era o que mais importava ( agora as acções de formação  são escassas, de temas que não são fundamentais ao ensino e... a pagar, muitas vezes bem... quando  afinal são... obrigatórias!);
- O derrubar sem mais do programa de Novas Oportunidades (que afinal recebia dinheiros europeus e não do orçamento...) sem se fazer um balanço sério e pedagógico e destruindo sonhos de muitos formandos;
- A alteração de regras dos Cursos profissionais sem se escutar os professores, e querendo agora que tudo regresse a uma espécie de ensino técnico...mas sem  ovos para a omelete, ou seja, sem oficinas para essas técnicas, que isso custa dinheirinho que o senhor Gaspar quer pagar aos "nervosos mercados" tão insaciáveis...
- O congelamento de carreira, de salários, cortes dos mesmos, roubo dos subsídios, aumento de horário dos docente, tenham já o cansaço que tiverem às costas em anos e anos de serviço, o prolongamento dos anos de serviço até à reforma numa profissão que é visivelmente de desgaste rápido;
- O atraso em  rever como deve ser o estapafúrdio estatuto do aluno;
- O "mandar às malvas" o conceito de Projecto Educativo ( ligado à comunidade ) que este aumento dos Mega-agrupamentos revela, tornando-se cada vez mais mero enfeite para colocar online;
-A mudança constante de regras para os exames, com formações patéticas para correctores e os alunos já não sabendo quantos exames podem fazer numa época...
-etc etc
Mas em tudo isto o que mais custa é COMO SE BRINCA com as aspirações e expectativas dos ALUNOS! Quando se cria neles a dúvida sobre o que sabem realmente ou deixam de saber, o brincar com o seu próprio evoluir no seu percurso educativo: o alterar das regras de bolsas e subsídios o que  faz tantos não comerem ao almoço, o alterar das regras para os exames, a alteração das opções de disciplinas, a alteração constante de programas, e por aí fora! Mais tarde a culpa aparente será dos professores,os bodes expiatórios do costume, mas a tutela, o MEC , é que está a proporcionar isso tudo e , o que é mais grave, com motivos habilidosos de baixa política!
Vem isto a propósito desta notícia de ontem, que linco aqui:
"PAIS E PROFESSORES ANTECIPAM CATÁSTROFE NOS RESULTADOS DO  9º ANO A MATEMÁTICA" (in Público,25-5-2012,  incluindo comentários dos leitores)
Chamo primeiro a atenção para o pormenor curioso de este ser o título online, iniciando-se o título do jornal em papel de "Docentes e pais....". Ou seja, o online deve ser mais lido por pais e quem compra os jornais no quiosque são os professores! :))
Falta a versão para alunos, talvez aguardando a versão... no Youtube! ;)
(Hum... que tal "Yameu : Os cotas acham que as negas no exame de Matem*rda vão ser   F#%&#*#S!"... )
Bem, agora a sério:
Sei de facto de muitos casos em que alunos sempre excelentes a Matemática se viram a entrar em negativasnos recentes testes intermédios do 9º Ano, envergonhando-se e alarmando pais e e docentes!
Pois bem, em que é que eu digo que há aqui baixa política, com os nossos alunos como cobaias?
Então eu lembro: é que podem estar já esquecidos, os agentes educativos, pois a memória portuga é fraca..., mas este TRUQUE, que o GAVE e o MEC levaram a cabo com os testes intermédios (testes gerais de treino para os alunos se habituarem ao exame que há-de vir) , JÁ FOI ANTES levado a cabo por ANTERIORES DESGOVERNOS, não se recordam?
Foram aqueles exames de Português com perguntas  na aparência acessíveis mas onde os professores correctores foram liminarmente OBRIGADOS a cortar a eito as respostas caso  estas não estivessem correctas até à última vírgula, num desrespeito do Gave por alunos e também pela autonomia e bom senso desses docentes. Lembram-se agora? E daqueles exames vários de Matemática e outras disciplinas, bastante difíceis, para  no ano seguinte ser opostamente MUITO mais fácil e assim manipular estatísticas para o país e para as OCDEs deste mundo!
O truque era portanto: num dado ano fazer uma razia de resultados, com testes muito difíceis e regras de correcção demasiado restritas, para um ou dois anos depois dar testes FÁCEIS até ao ridículo, com regras mais folgadas e assim parecer que era o "NOVO" SISTEMA, ou seja o Governo e ME/MEC que tinha levado à melhoria e que finalmente havia progresso no Ensino e futuros gloriosos no nosso Sistema Educativo! E o público mais alheado acreditava! Agora é que acontecia a "Excelência", a "Exigência" e tudo o mais face ao "laxismo" anterior, a professores que não sabiam ensinar!
 Se não acreditam nesta minha "teoria" ora leiam os comentários que se seguem à notícia no Público! Lá está: ah agora é que é a exigência! esses maus resultados era porque antes se andou a brincar.... OU SEJA, confunde-se o descalabro e a brincadeira aos governos que foi das ministras e desgovernos, com as  próprias escolas e os professores, que apesar de todo o Caos têm procurado alhear as aulas desses desvarios, ensinando o que lhes mandam mas mantendo algum bom senso para o que importa...
Entendem agora a figura que juntei acima? Juntem os "pontinhos" e fiquem com a imagem do que se passa: mais um armar de uma nova tenda do "Circo" político-mediático do triste País!
Leiam esse comentários e confirmem o que digo e como  de novo a estratégia de usar os alunos para estas jogatinas esá a surtir  efeito!
E " ESCREVAM": daí a um ou dois anos farão exames mais acessíveis e aí os 33% subirão de novo para altas positivas!
E os miúdos e o seu gosto e motivação para a Matemática como ficam no meio disto tudo?
Havia que tentar provar que o novo MEC era salvador (mais um!) e o GAVE montou de novo o "CIRCO" dos ilusionistas, com muitos coelhinhos -cobaias (as crianças) a sairem da cartola com as suas primeiras negativas à disciplina e um Coelhão a dizer ao lado para não serem "piegas" e o ilusionista de barba de três dias a mover a arrogante varinha de condão, já que em pouco mais manda no seu ministério!
Reparem no que se explica na notícia: as questões do Teste (e certamente as do futuro exame, daqui a um mês) até que estavam de acordo com o Programa, sim senhor, mas eram quase todas em redor de processos de raciocínio complexos, versando resolução de problemas. Não sou de Matemática, mas é de regra, em qualquer teste elaborado, incluir tanto questões de raciocínio mais complexo como perguntas mais directas. Indução ,  dedução...Há um tempo restrito para fazer um exame, para não falar na situação de stress, pelo que deve haver várias formas de raciocínio a serem valorizadas e não só as mais complexas. Dizem os professores que essas novas metodologias testadas no exame  não estavam ainda a ser experimentadas a nível nacional, apenas em alguma escolas-piloto. Havia que esperar e ver se resultavam educativamente. Assim não, foi aplicada a estes alunos tal teoria ou fé que domina estes jovens-velhos desgovernantes, de calcar tudo rente ao chão, para depois esperar que algo cresça. De terraplanar e  queimar tudo, para depois esperar que uma "Fénix" mítica renasça das cinzas!
ISTO NÃO SE FAZ!
As "cinzas" afinal serão os próprios filhos do país! Será tal "massacre" razoável? Ético sequer?!
Não se desvaloriza assim todo um grupo de docência nem milhares de adolescentes!
Se muitos estão mal a Matemática porque o Sistema oficial assim o permitiu e até obrigou, durante décadas,-- que passassem de ano constantemente com negativas a Matemática--, há muito e muito outros que são "barras" na disciplina, que a adoram e cultivam com gosto, o que se prova pelo sempre crescente número de vencedores nacionais das Olimpíadas de Matemática, mesmo no exterior, pelos alunos que são cá pescados pelas universidades estrangeiras que, ao contrário dos nossos, lhes descobrem o valor e conhecimentos!
Mas só contam os números, as manipulações estatísticas, já nem os alunos contam! Que tal seja pensado por políticos de carreira ou de "austeridade" como tantos, já é triste, mas que um Matemático e professor de carreira como o ministro Nuno Crato o incentive, ainda é mais triste! E que um gabinete de criação de exames, outrora profissional e sério , como  GAVE alinhe nesse Circo, é... muito gRave. :((
Margarida Alegria (26-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias)
pronto e era eu para escrever só meia dúzia de linhas e afinal... há temas que nos fazem bulir com os nervos! Neste caso por não se ver saída para este Inferno em que nos meteram!
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 ADENDA: Quanto  à Petição pública de que falei acima, lamento mas parece que ela desapareceu online.... É a favor da continuidade da Educação Musical no terceiro Ciclo, de onde quase foi arredada na nova estrutura curricular, remetida para a "bondade" das Escolas em "Oferta de Escola" eventual (com direito a, com sorte, 45 minutos semanais...!), quando já se estava a evoluir  um bocadinho na reintrodução desta disciplina, em Portugal, um país onde tantos concorrem a concursos de "Ídolos" e quejandos....Assim que reaparecer a petição ou souber o que se passa, colocarei aqui o link.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A Certeza do Acaso na Divina Comédia da Vida...


(The Divine Comedy "The Certainty of Chance", Live at the Palladium 2008?)
Uma das minhas canções  favoritas de sempre, por um dos grupos míticos das últimas décadas, os britânicos (irlandeses do Norte) Divine Comedy, aqui ao vivo.
Há um video "oficial" que só há pouco descobri (VER e COMPARAR AQUI) e onde não aparecem algumas fífias que o nosso Neil Hannon dá nesta versão (entusiasmos, acontece...), um soberbo espectáculo com orquestra. Mas esse  outro video não incluia, como devia,   parte final com  a leitura  do poema (aliás  parece  um poema, mas  descobri que   é um excerto de um monólogo do  filme  "La Dolce Vita" , de Fellini) , um remate  importante, a meu ver.
Este tema acompanhar-me-á para sempre, pelas dezenas de vezes que o escutei, bem como a todo o álbum "Fin de Siécle" (1999), numa  das  fases mais duras da minha  vida. Canções que foram  a companhia ,  para além de um cão,de revolta e reflexões, com cada palavra  e nota  a ecoarem  nas paredes  de  uma casa  enorme e quase  vazia, povoada " de fantasmas".
Fases melhores vieram. O cão, que era velho mas ainda "rijo", morreu, ainda nessa  fase, como é tradição nos males que não vêm sós. Entretanto a vida avançou,  mudou, sobrevivi.
Muitas coisas mudaram "some forever, not for better", como cantavam  os Beatles.
E acertam, estes trovadores modernos. De  uma coisa   apenas   podemos ter certeza nesta  Vida: de  que  não há Certeza de  nada, talvez somente a Fé em algumas coisas e em algumas pessoas, sobretudo alguma Esperança  numa "Certeza do Acaso", como aqui se canta. Por mais  que nos  esforcemos por fazer o  está certo, por mais que procuremos  cumprir  a "nossa parte" a que nos toca na tal Sorte/  nesse Acaso.
Se calhar  será melhor irmos seguindo  os  conselhos das tais belas palavras  finais:
"We  need to  live  in  a state  of  suspended animation* , like a work  of  Art.
In a state of enchantment...
detached, detached..." (Ver o monólogo completo do filme AQUI, por escrito, vale a pena).
Por que  se ao menos nos encantarmos com o que descobrimos (na Natureza, nos outros, nas situações) não nos desencantamos tanto com o que vivemos (da Natureza Humana, dos outros, das situações...).
Boa tarde!
"Alergia" (24-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias")
*durante muito tempo entendi esta palavra "animation", como "admiration", o que também ficaria adequado...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Caladinhos ou emigrantezinhos, é o que está a dar! :(

( " 'tá caladinho ou levas no focinho"... "suspendo" o que dizes e se comeres a  "SOPA " * toda, pode ser que depois possas abrir a boquinha de novo...)

SEM muitos preâmbulos, por falta de tempo e de paciência...
E é isto um País que se diz de liberdade de Expressão e do Consumidor?
E servem para ISTO os tribunais?!Em que "escola" Jurídica se formou tal Juiz que proclama tal sentença, sem se negar nunca a veracidade dos factos denunciados e agora... CENSURADOS? Ou agora diz-se  "suspensos" ou "ocultados" (não eliminados, não que isso  seria "feio"...). E  só "ocultos" para quem sabe, um dia os bloggers serem "autorizados" a "libertarem" os ditos comentários, quem sabe para a posteridade , para contarem aos netos... Ridículo!
Só TRETAS em que mais proclama a Liberdade de Expressão!
Como senti várias vezes, na pele, a censura/"suspensão" de comentários censurados em certos  blogues (e até POSTS da minha autoria!!! só porque sim e por capricho, não por nada de mal-educado ou falso que dissesse...), sei o que poderão sentir os autores e comentadores do blogue "Precários  Inflexíveis". Todo o meu apoio à sua causa!
 Esta sentença é vergonhosa! Ora leiam e aqui me calo:
Que mais nos espera, por caminhos destes a serem trilhados?!
*NOTA: Sobre o escândalo do SOPA, lei de censura da Net que chegou a ser idealizado nos EUA, a pretexto da defesa  dos Direitos de Autor, já aqui se falou noutro post mais antigo... Agora temos... "SOPA caseira" à portuguesa, via tribunal da treta!
Margarida Alegria (22-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias")

segunda-feira, 21 de maio de 2012

GANHE UM MAGNÍFICO TREM DE COZINHA, acumulando pontos do cartão!

                         
PRETENDE GANHAR UM MAGNÍFICO TREM DE COZINHA ?
NÃO  um com 9 Tachos, como é habitual (ver foto) mas com 14 TACHOS?
Pois bem, acumule os pontos do seu cartão, --este ano laranja, que pode alternar com outra cor (normalmente cor-de-rosa),.. e habilite-se à sua sorte, tornando-se em poucos anos um Mega-Chef da política portuguesa, cozinhando o seu futuro económico e empresarial até à sua Reforma Dourada!
Para mais informações, consulte o exemplo do mega-boy , self-made chef, aqui testemunhado:
(in blogue: "Crime disse Eu", clicar título para ler)

Vá já adquirir o seu cartão e inscrever os seus filhos, caso sejam maiores de 14 anos!
LEIA AQUI vários outros testemunhos de quem já optou pelo sistema do cartão:

(Dr Peter Rabbit, aqui mimado pela mãe, Drª Angie M. Rabbit, algures em Bruxelas)
" Desemprego pode ser uma oportunidade"
"os jovens licenciados(...) preferem ser empregados por conta de outrem do que serem emprendedores"
em Portugal há "aversão à cultura de risco"
(Dr Peter Rabbit, CEO estagiário da  Multinacional "Troika Inc." e Animador Social da Empresa de Ideias-/Think-Tank "Escravize-se ou Emigre")
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E, por fonte bem informada:

(Dr. Dee Lime, foto de perfil)
--Eu inscrevi-me, em poucos anos acumulei pontos do cartão, recebi logo o meu trem de tachos e continuei a acumular pontos extra, mesmo depois de ter guardado os tachos por me ter reformado da função de mega-chef. Descobri então o mundo maravilhoso da cozinha exótica e paralela, especialmente a brasileira ,e investi no ramos do imobiliário em zonas cobiçadas (ex-bairros sociais em zonas nobres, etc) e da lavandaria especializada. Não podia estar mais feliz. Actualmente estou a fazer uma pausa sabática. Mas a acumulação de pontos não é reversível ou anulável, graças à legislação inteligente e eclética, e recentemente ganhei  de brinde até uma pulseira especial de energia bio-activa , com bífidos-activos e 85 canais por cabo.
(Dr. Dee The Lime, organista e CEO das Lavandarias Clean-White International; antigo orador na empresa "Para Lamentar...Para Acumular".
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E finalmente ,da mesma fonte segura( via sms com smiles e tudo!):

(Dr Fine-Herbs, sempre em movimento e ritmo telúrico)
-Estou muito satisfeito com o sistema de pontos. Dá-me acesso a tudo o que quero sem ter que andar com trocos nos bolsos! Tornou-me especialista em várias áreas, desde os segredos do antigo presidente Bush, passando pela TV e ainda pela Administração pública e poder local(desculpe" tocou o telemóvel....). Estou a tentar reduzir o número de tachos dos trens das colecções autárquicas, mas não tem sido fácil, pois alguns  têm um inegável valor patrimonial ou afectivo, o que entendo. Tenho ainda o Trem de tachos especial- Halloween, que dá pelo nome "O pesadelo do Desemprego". De cada vez que neles cozinho, fico sem dormir... umas... duas horas seguidas!
(Para aliviar as dores de cabeça opto para telefonar para ameaçar umas jornalistas e assim, uma brincadeira fora-de-horas, sabem como é....É uma barrigada de riso vê-las todas assarapantadas, mas depois já durmo como um anjinho...)
Ah e com a acumulação de pontos ganhei um IPod para substituir o meu telemóvel e o meu pc, que estavam muito carregados com mensagens: sms com listas de candidatos a reis e rainhas dos tachos sigilosos e uns chatos duns clips e mails de spam,dum tipo que quer mostrar trabalho, coitado.... uma maçada...
(Dr. MiKe Fine-Herbs, CEO da empresa "Do it All  with  Work  Groups ,S.A." e Director-Geral do Gabinete de Emigração " Rumo às Áfricas e Américas e... sei lá!"
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Por que ainda espera? Telefone já para o número Me Liga. Tacho XXXXXX, ou em alternativa para o Telefone "Voz Amiga- Voz Anti-Piegas" a qualquer hora do dia.

(anúncio criado pela criativa copy-writer "Alergia", da  "agência Alegrias e Alergias, L.da", dia 21 de Maio de 2012, in blog "Alegrias e Alergias)-  em  homenagem à memória da "Hurtiga"

R.I.P. para mais um Gibb: Robin


(BeeGees- HowDeep is yourLove" . live 1998)
Mais uma morte na música,  e mais    um falecimento  trágico de outro  dos  irmãos  Gibb .  Robin Gibb, o loiro,  aqui no centro do palco. Com 62  anos,  de pneumonia, depois  de anos de resistência  a  um cancro.
Agora já só resta  Barry.("Staying alive"..)
Canções delicodoces, uns falsetes irritantes na época do disco, é verdade, mas algumas canções para a história  da  música popular. Como   esta, com que remato, por agora, o tema do posts de ontem.
E...este serão , como diz  a outra canção, " I started  a joke..." , mas....
R.I.P. Robin...

sábado, 19 de maio de 2012

Do Amor... Texto da parte 1 (de 2)- o filme pessimista

(Imagem de um catálogo de vendas: sim! Existe papel-higiénico com esta decoração! E... por que não?)
Este é o texto que completa e acompanha a visualização do filminho "amargo" de Don Hertzenfeldt do último post ("Do Amor... Aperitivo da parte 1 de 2..." Clicar AQUI para ver), que não junto  só pela razão técnico-blogueira que aí expliquei.
 E  então? Viram o Filmito? Ficaram alarmados com tanto pessimismo? Ou outros acharão que o filme animado tem um negro mas profundo realismo?
Vou ser mais suave que D.H., embora este seja o primeiro de dois posts (ou 2 e meio) sobre o tema, o que, como expliquei traduz o lado "alérgico", menos alegre sobre o mais citado  e glosado sentimento que existe. O lado também, por inerência, mais cerebral e analista.
 A meu ver, visto nesta óptica mais negra, o problema maior é que para uma boa parte do mundo o Amor deixou de ser um simples sentimento, como devia. Ou seja, algo que nos faz sentir e leva outros a sentir. Algo que, em vez de compartimentar e isolar, deveria inundar quem  o sente.
Don H. vê essa ausência de sentimento na palavra e avisa-o logo de início. Não só ao alertar que é um "bitter film" (amargo) mas também ao usar  para título a expressão francesa, tantas vezes a única expressão que tantos conhecem da Língua Francesa e que de imediato nos remete para a condescendência romântica  dos  mais experientes perante situações mais ou menos patetas e nos traz à memória os incansáveis namoradeiros "Pepe LePew", doninha dos Looney Tunes, ou Maurice Chevalier de musicais cor-de-rosa.  Alguém vê um cachorro a rondar uma cadelita e exclama: "Ah, L'Amour!", alguém surpreende um beijo inocente de dois infantes "Ah, L'Amour!", alguém repara em meninas aos gritinhos histéricos em redor de mocitos em Morangadas com Açucar,ou  alguém testemunha um cavalheiro a oferecer um ramo florido a uma dama, ou ainda alguém se surpreende com uma mulher a pregar um estalo a um marmanjo que lhe deu um piropo, "Ah, L'Amour!" L'Amour... L'Amour...!...expressão que envolve  em papel crepe e lantejoulas qualquer situação geral que evoque Primavera e corações inflamados!
Desde logo, portanto, Don H. nos empurra para o artificialismo de muito "Amor" que há por aí, a partir do título.
 Senão vejamos, muito sucintamente as peripécias: o pobre rapaz do filme encontra várias mocitas (não importam os nomes ao caso), possivelmente num tipo de contacto que corresponde a várias fases da vida. De cada vez vai sendo mais cuidadoso com o que diz e de cada vez recebe reacções piores (em forma de torturas atrozes) e menos comunicativas, pois elas parecem ter já as suas feridas (como ele) e terem também "evoluído"(?) na forma como vêem o seu relacionamento com o sexo oposto. Assim, o moço, chamemos-lhe Zé, primeiro tenta o normal convívio de amigos como aproximação e a menina não quer ser incomodada ( primeira adolescência); depois tenta, junto de outra, indagar sobre os sentimentos , pois sabe que as meninas gostam de falar neles. Logo ela NÃO revela os sentimentos e reclama que "precisa de espaço" (eles e elas, como tantas vezes se nota,  andam em tempos de necessidades sentimentais diferentes); depois  o Zé tenta agradar à vaidade doutra, gabando-lhe os sapatos, mas ela "só quer amizade!" (elas começam a tentar adivinhar intenções); depois o "Zé" pergunta as horas a outra que sai logo a "disparar"  (literalmente!) e nem responde; já "escaldado"  o  Zé tenta apenas cumprimentar outra mulher, mas ela entende isso com avanço atrevido. Até que ele diz a uma a frase mágica, sem cumprimentos nem nada, "Tenho dinheiro!" com a resposta que se vê: de imediato ela "ama-o!" Final Feliz !
Em suma, Don H. chama as mulheres no seu todo(por esta ou outra ordem) de "ariscas", egoístas, comodistas,frias, insensíveis, e... interesseiras. Ah, mas devem ter reparado na outra mulher do filme de que não falei... Pois. Ou seja, corrigindo: D.H. diz que elas são tudo isso em conjunto, ou pelo menos uma destas coisas... ou então são gordas e/ou feias. Uma ironia  do autor, nas entrelinhas, é que quem sabe se não seria nessa tal feia e gorda que encontraria o verdadeiro Amor e compreensão....
(Não venham os homens depois reclamar: ai elas são umas chatas histéeeeeericas!)
Por sua vez, o filme acaba por dar uma imagem do homem como "adaptável" aos vários estilos delas, nas diversas tentativas de as abordar/conquistar. Assim, mais ou menos pela ordem do filme, o nosso "Zé" apresenta-se como: amigo sociável (1ª abordagem), sensível, lisonjeiro, casual/natural e depois apenas educado e neutro. Não resultando, acaba por se revelar calculista e gabarola, para suscitar o  tal lado interesseiro das mulheres e... é bem sucedido!
(Não venham depois as mulheres reclamar: ai eles são uns vaidosos insensíiiiiveis!)
Claro que é uma caricatura, mas uma caricatura asperamente aproximada de muita verdade que se vê por esse mundo fora. E, como avisei no post anterior, é uma visão que se pode aplicar a eles e elas, ou seja, se em vez do Zé tivessemos a Josefina a falar com o João, o Vando,o Jack etc do seu percurso de vida. Pode parecer estranho o que digo, na Era da total liberdade da escolha, mas o certo é que, e basta repararem nos nomes e caras (tão "botoxadas") impressos em qualquer revista cor-de-rosa da praça, os casamentos de conveniência e de combinação de interesses entre famílias nunca acabaram, aliás estão ai pujantes como nunca (e numa coisa D. H. engana: que se a Gorda e/ou feia reclamar que tem dinheiro rapidamente terá uma fila de pretendentes!).
E fora das combinações familiares das "élites", temos também a camada dos e das interesseiros/as em toda a  sua força de novo. Não só o interesse básico pelo dinheiro, mas também ou alternando pelo status e pela fama, pelo nome sonante, pelas portas que abre, pelo bons e saudáveis genes que pode trazer. Não só para casamentos, mas já em namoros (que tantas vezes não redundam no casório): ele  namora a mais inteligente para  o ajudar nos estudos, a mais elegante para ser invejado  em festas, a mais organizada para o tornar organizado. Ela namora o mais relacionado para vir a  ter bons empregos, o mais bonito para causar inveja às amigas, o  mais solícito para a aturar nas birras.
E como a partir das aparências se cria todo um rol de ilusões! Eles bem as iludem de serem bem sucedidos se tiverem um bom relógio nem que vivam de esquemas, elas iludem-nos de que são ricas se tiverem um bom jipe, nem que vivam à custa dos papás, eles iludem-nas de que são inteligentes por terem um blackberry e "Tuítarem", elas iludem-nos de que são inteligentes , se fumarem estilosamente e debitarem as chamadas "postas de pescada" politicamente (in)correctas.

 Relembro, a propósito, uma famosa  passagem de uma das excelentes crónicas de Miguel Esteves Cardoso ( talvez em "A Causa das Coisas"...), parafraseando: que o Homem português costuma namorar as mais giras, conversar com as mais inteligentes e casar com as que não são nem muito inteligentes nem muito giras, para "não dar muito nas vistas"! (perdoem-me a referência todas as casadas!). Poderia  agora acrescentar que, em contrapartida, nós, mulheres portuguesas, só queremos é namorar (ou "TER" namorado), seja ele como for, para não ficarmos atrás das demais e  por estarmos, mulheres, em maioria percentual na população(e ai se vier uma guerra!), e diria que a portuguesa  muitas vezes nem conversa com ele senão em monosílabos, a não ser que também entenda de futebol; e  que por fim casa com um que lhe ofereça alguma companhia, alguma segurança e  uma aliança e que raramente é o mais bonito ou mais inteligente. O que depois resulta em também belas estatísticas de divórcios, de violência doméstica e ... em maridos com pneus e  quem não sabem cozinhar um ovo.
Exagero de estilo e  pessimista meu, reconheço! Há que ser justa que  agora as gerações mais novas, pelo que  tenho visto , vêm melhorando nalgumas dessas estranhas bitolas: eles já se esforçam por continuar giros e elegantes para elas, nem sempre com horas no ginásio, mas pelo menos com o seu jogo de futebol de praia aos domingos, ou com os seus percursos de bicicleta de manhã, encolhendo a barriguita dentro daqueles ousados calções de licra e escondendo a cabeça (e tantas vezes o cérebro, quando em magote masculino aos dichotes pelo caminho), escondendo a cabeça dizia eu , sob aqueles capacetes que... parecem assim como que umas arrastadeiras mais modernaças e de marca. E já não se envergonham perante a inteligência delas e  (alguns) acabam por fugir a sete pés das que são apenas caprichosas ou sem opinião. Já há cooperação nas tarefas domésticas e maior diálogo. Só falta maior segurança (nacional) para conseguirem planear um futuro e criar raízes...
Em suma,ele já não  cai naquele maniqueismo de esperar que a companheira seja OU sua criada OU a  sua nova mamã (de que falava a canção "Etelvina" de Sérgio Godinho).
Posto tudo isto, volto ao ponto inicial: que o problema focado no filme resulta de já  termos deixado de ver o AMOR como sentimento puro, mas tantas vezes o vermos como o fantasioso "Amour", ou, o que é pior, como sinónimo de tantas outras coisas, sejam  OUTROS sentimentos sejam trampolins  mesquinhos de interesses vários que em nada se aproximem Dele, Amor.
Deixa por vezes de ser Amor, para ser Medo da solidão, deixa de ser Amor para ser vontade de dominar alguém, deixa de ser Amor, para ser companhia para o tédio, deixa de ser Amor, para ser interesse económico, deixa de ser Amor, para ser apenas vaidade de se sentir amada/o por alguém, mesmo que sem noção de retribuição. Deixa de ser considerado um sentimento, tanta vez para ser um negócio: de dinheiro, de afectos, de inseguranças; de invejas e vaidades. Afinal, não se usa tanto aquelas expressões (importadas!) canhestras de "FAZER Amor", de Compra  e Venda de (horas de) Amor, de "Técnicas de Amor", de "drogas do Amor", com se alguma vez um SENTIMENTO (repito!) puro e bom pudesse ser um FABRICO, um COMÉRCIO, um ARTESANATO, mera QUÍMICA sexual,  como se toda a sua grandeza  e liberdade pudessem ser escalonadas, compartimentadas e aprisionadas na frieza rude  de meros compêndios Económicos ou de  uma Engenharia New-Age!
Por isso mesmo me demorou o desenvolvimento deste tema, sugerido pela querida  blogger "Pérola", porque  o considero um tema importante demais e porque é um sentimento que vejo a ser tão conspurcado a toda a hora. É simples, mas ao mesmo tempo demasiado complexo. Saliento , no entanto, que é pelas mesmas razões que tanto admiro e encorajo quem eu vejo ter uma relação amorosa bonita e límpida, o que felizmente existe,  relação feita não só de paixão e de carinho, mas de compreensão mútua e de diálogo, de suave harmonia e de cumplicidade silenciosa. Seja do jovem par de namorados entrelaçados e de ar doce, seja do casal adulto que forma uma família, seja do par de velhinhos que se ajudam mutuamente a calçar as pantufas...
 Por isso, há que respeitar o Amor e não o banalizar,nem por palavras nem por atitudes, só assim o fazendo merecer todos os encómios e pergaminhos que vêm de tempos remotos, em forma de poemas, romances escritos ou em película,nas telas de pintores e  nas pautas de canções, onde é de longe o tema mais glosado!
Tanto Don Hertzfeldt, no seu filme como eu, neste textito, pretendemos não um mero ironizar sobre o Amor, mas demonstrar como ele é tão maltratado e desviado do seu justo caminho, sob as mais diversas capas, os mais repugnantes disfarces. Sim, o Amor existe e o seu Poder é grande, mas só poderá cumprir o seu papel de transformador e embelezador do Mundo  se não o desviarmos por caminhos de mero egoísmo, de interesse próprio e de falta de harmonia e de coragem.
Agora devem entender a razão da escolha da imagem que inicia este post, não? De tão "decorativa" que se tornou a palavra Amor, de tão adulterado o sentimento, só faltava mesmo, como se pode ver, terem-no colocado como folhas de papel ( não sei se  folha dupla e locionada!)... usado para fins não muito nobres, ou pelo menos, digamos, não muito elevados! Isto tanto tomando o coração como símbolo do Amor pessoal como do Amor Universal! Livra! Se é  para representar o coração órgão então que o substituam por... intestinos ou bexigas em miniatura! :))
Por ter sido levado por outros caminhos,
por tanta gente, é que em pleno século XXI d.C, com tanta forma de Comunicar e de viajar e conhecermos a Vida, continuamos tão ou mais distantes uns dos outros que nos primórdios do Ser Humano
e, embora sem cacetes ou machados em sílex, ainda achamos que uma boa paulada em novo estilo e atitude "de caça" ao par equivale a um acto de  verdadeiro Amor e paixão.

Por termos levado o Amor por outros caminhos, quer individual quer universalmente, é que hoje nos encontramos de novo nesta situação absurda como Humanos, de novo cercados por Ganância, Fome e Guerras, quando podiamos ter uma Terra bela povoada pelo Amor, a Partilha e a Paz.
(pronto, "Pérola", espero que este texto já preencha pelo menos uma parte da "encomenda" temática, deixando a parte mais interior e lírica para uma segunda "dose"... Longo, como seria de calcular. Julgo que me deve ter escapado um ou outro argumento ao que tencionava dizer, mas, para já deixei uma ideia do que sinto e penso sobre o assunto, na sua globalidade).
Margarida Alegria (19-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias")

Do Amor...- Aperitivo da Parte 1 de 2 (o filme pessimista)


(" Ah, L'Amour", animação de Don Hertzfeldt. 1995)
Respondendo  ao desafio da "Pérola", que  me propôs o Tema (complexo).
Primeiro o filme Pessimista, versão mais  "alérgica" a certas evidências da  realidade, que terá logo à noite a versão textual pois é ada vez mis dificil   blogar  texto  com Videos!
Fica o aperitivo, sendo que o protagonista pode ser em vice-versa, com uma Ela dirigida a Eles! A "moda" é igual...
Até já!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nem todas as tragédias têm de ter finais infelizes! (à laia de intervalo e explicação) :)


(História Trágica com Final Feliz"(Completo)- de Regina Pessoa, 2005)

Muitos posts  na  calha, muitos quase finalizados, só  a restar   "aquele" retoquezinho final,desde o último da série  de cartoons sobre  os Feriados, até  às encomendas  da  "Pérola" passando por  outros  de carácter mais pessoal e didáctico...
Aquele "toque" que falta pois  também  não abunda  o ânimo,  ao  ver  tudo  ou quase tudo a  piorar, desde  o País sem  Esperança ou Emprego, o Mundo podre, os amigos e queridos cada vez mais angustiados   ou  outros de mente  cada vez  mais desnorteada...
A vida  só deve  estar  fácil para os "Mercados" e para  políticos teóricos e inconscientes....para esses deve  estar a ser uma "Oportunidade", pelo menos de mostrarem a sua total ganância e cegueira, respectivamente. Talvez o Futuro os  venha  a julgar e condenar, mas pelas "amostras"de (in)Justiça que por aí vemos nem nesse campo a Esperança  é sólida.
Enquanto não posso terminar e mostrar esses posts, deixo aqui uma preciosidade, que se calhar poucos conhecem: o filme de Animação multi-premiado  de Regina Pessoa, artista da "escola"do "Mestre" portuense  Abi Feijó.
Chama-se  "História Trágica com Final Feliz" e é já de 2005 mas talvez  mais conhecido "lá fora" que  cá dentro, o habitual...
Dizem que a técnica usada foi a da gravura tradicional em madeira, com sequente impressão. Não sei confirmar. Mas o resultado é belíssimo , seja como for. Há outro filme da autora com técnica de areia colada em papel... enfim, maravilhas de quem ainda se atreve ao "artesanal" numa área já tão computorizada.
A parte trágica do filme é a de  uma menina que é apontada pela  diferença de ter um coração demasiado "audível" e por isso incómodo ( é o que acontece também a quem costuma ter, por exemplo "o coração na boca" e espera dos outros a mesma honestidade e lisura, o mesmo  abandono de máscaras o não recorrer a vias subreptícias, cada vez mais difícil e paradoxal na "Era" dita da Comunicação mas na qual cada vez mais se foge a comunicar realmente). A parte feliz vem a seguir... e mais não conto, pois vale mesmo a pena ver os poucos minutos que esta curta-metragem nos "gasta".
Publico isto, por querer acreditar que mesmo as grandes tragédias, colectivas ou individuais, podem ter um final feliz,
o que não é característica das tragédias, pois, ao contrário das ficções, a vida real das pessoas pode ter a interferência final do abrir dos olhos, do ver tudo em outra perspectiva, do "toque" inesperado do chamado "factor humano", visto que tanto, mais do que parece, pode depender das nossas opções, das nossas atitudes de rasgo e coragem, do nosso inverter das inevitabilidades, do nosso abandonar dos "fechamentos" e desconfianças patéticas, da nossa mudança de rumo a contrariar fatalidades. Se quisermos, se tivermos garra e coragem, se tivermos um pingo de sangue humano a correr dentro de nós. Se tivermos um coração a sério, sonoro e livre como o da Menina da "Estória".
E claro que isto tudo que disse nada tem a ver com discursos insensíveis de falsa esperança de certos políticos sobre a tragédia (real, de carne e osso, senhores!) do "Desemprego como oportunidade de mudança". Isto tem a ver com a mudança mais importante que há: a do nosso interior e do nosso relacionamento com os outros, com os nossos dramas, com o Mundo!
Vejam!
 No fundo... A "explicação", esta sim, é... simples! Pelo menos para quem não tiver palas e  quem (ainda) tiver o coração e o cérebro no sítio. Para quem não insistir em desculpar as suas próprias falhas, a sua falta de coragem e as e diferenças com... a reacção dos  outros!
Até logo, e desta vez é mesmo até logo! :))
Margarida Alegria (18-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias)

terça-feira, 15 de maio de 2012

DOIS CARTOONS-FERIADOS (2º e 3º de 4)-Pu Ké ke u Varito num gozta de Feriaduz (Jejé e Companhia)

(C) Margarida Alegria (blog "Alegrias e Alergias", 11a 15 de Maio 2012)

(C) Margarida Alegria (blog "Alegrias e Alergias", 11 a 15 de Maio de 2012)
Depois de uns dias com problemas "tecnológicos" (sem Net, o que me boicotou o planeado), eis aqui finalmente mais uns cartoons da Série sobre a abolição dos feriados.
Neste caso mas dois com o pequeno herói Varito. NO anterior, vimos qual era o sonho de reinar do pequeno. Aqui especulo um pouco sobre as razões prováveis  (AS VERDADEIRAS, não alegadas!) para tanta sanha contra os Feriados, sejam eles nacionais ou religiosos.
Senão vejamos, como disse em comentário no post anterior (VER AQUI O POST com o CARTOON 1): alguém acredita verdadeiramente que mais uns quatro dias de trabalho, para além de desvalorizar os salários, vão aumentar a produção nacional, a produtividade do País e dos trabalhadores? E isto quando em todo o mundo se vem provando que mais vale uma hora de trabalho bem aproveitada do que quatro pouco rentáveis, sem tecnologia ou motivação?
NÃO! Só pode haver outros motivos menos patrióticos e explicáveis pela psiqué, o ID mais profundo e todos aqueles termos  estranhos dos psicólogos e psicanalistas que justifiquem este ódio aos feriados.
TODAS as nações têm feriados(e muitas bem mais que nós!): os ligados à sua religião e à sua independência e outros marcos nacionais são fundamentais. Podem dizer que ninguém os celebra. Pois ora bem! E não há tanta gente que nem o seu aniversário celebra? Para quê ir por aí? Vamos deixar  cair a data colectiva só porque os citadinos não comemoram certos feriados religiosos, ou porque pessoas desligadas do sentido do país nem sabem o que se comemora num feriado nacional? Mas pelo menos ajuda a lembrar. E quem quiser comemora.Os outros descansam, passeiam, põem limpezas em dia.. Não pode haver feriados mais na moda e outros menos na moda, pois nesse caso celebrávamos os de marcos mais recentes e abandonávamos os mais "antigos" ... assim como uma cobra gigante que muda a pele e a larga por aí. Não: há que manter a nossa identidade nacional, ao menos para que saibamos responder à criancinha quando pergunta: "Hoje é feriado de quê?". E é ou não divertido vermos que há umas série de Nossas senhoras quase "rivais" entre si, sendo tudo a mesma: comemora-se o bebé que nasce, mas também a da Conceição e a da Assunção, que é diferente da ascenção (Jesus com "motor" próprio!), ...
E dos Nacionais, como são importantes as datas dos  feriados que estes "complexados" aboliram! Portugal não nasceu com o 25 de Abril, por mais impostante que tenha sido!
E qual é essa de que somos um país laico e não sei quê... então os senhores dos mercados e uns quantos "palonços" autênticos, que só pensam no olear das suas fábricas, agora põem uns contra os outros pelo país a discutir se os feriados nacionais valem mais que os religiosos, ou maçons contra monárquicos por causa deste ou daquele feriado, quando o que interessa é que são feriados bem antigos e marcantes e que todos deveriam ser respeitados pelos empresários que podem muito bem aproveitar as centenas restantes de dias para o progresso do país... Que se deixem de desculpas esfarrapadas! Qualquer dia reclamarão pelo fim da semana inglesa e pelo trabalho a todos os dias da semana  e por 24 horas de trabalho e pelos trabalhadores a dormir num beliche dentro da fábrica, como milhões de chineses,  pois nunca chegará nunca parece chegar para a sua ganância, por mais máquinas que sejam inventadas para aliviar o trabalho do Homem, máquinas que deveriam ser para nos tornarmos mais donos do nosso Tempo e não o contrário, escravizados ao valor absoluto do dinheiro disfarçado de Valor trabalho!
Já falei aqui da importância do descanso de quem trabalha, mas há que salientar outro aspecto: um país não vive só de Economia e Finanças, pos mais  (e demasiado ) importantes que se tenham tornado ao longo dos séculos. Um país tem de ter tradições, momentos de encontro, momentos de memória colectiva, nacional ou Universal, e não viver apenas para o círculo familiar, a cirandar entre o calor do lar e o jugo do trabalho. Estou à vontade para falar. Mesmo quando não estou a trabalhar, gosto de me ocupar. Não imagino a minha vida sem produzir algumas coisas, sem estar com certa actividade. Mas isso deve ser apenas UMA parte da nossa vida.
Por isso, e retomando o início com referência aos cartoons, creio que os que conspiraram contra os feriados já tinham algum trauma de longa data contra eles! Alguns patrões sonham com  a abolição dos feriados há "séculos" e disso falarei mais tarde, como verão. Não devem suportar estar em casa com os seus e depois.... Já o nosso ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mais conhecido por O Álvaro, deve ter um dos dos traumas (ou ambos) dos acima apontados: ou bem que na escola vivia o drama de confundir as datas todas e assim sonhar aboli-las, ou bem que, ao contrário do que apregoa (que é para PRODUZIR MAIS), sofria com tanto que havia para fazer  nos feriados! Não concordam?
Mas lá está, os feriados servem para fugir das rotinas, até das dos fins de semana...e as Tias-avós Aldegundes e Álvara também merecem uma ocasional visita!
(Falta portanto o 4.º e último Cartoon sobre os Feriados, assim a Net e a tecnologia me ajudem...)
Margarida Alegria (15-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias")

quinta-feira, 10 de maio de 2012

CARTOON-Feriados (1 de 4): U Varito Ké Xer miniztro Kando fôr G'ande!(Jejé e Companhia...)

(c) Margarida Alegria (in blog "Alegrias e Alergias", 10-5-2012)
POIS É! Como sabem, ontem o super-Ministro Álvaro, da des-Economia e Outros estragos, decretou que sempre seriam abolidos os  tais quatro feriados: dois civis, 5 de Outubro da Implantação da República e 1 de Dezembro,  da Restauração da Independência Portuguesa; e ainda dois religiosos, mas estes apenas por um período de cinco anos, por acordo com a Santa Sé-- o Dia do Corpo de Deus e, pasme-se!, o dia de Todos os Santos (a 1 de Novembro e que, por colado ao dia dos Fiéis Defuntos é usado para a visita aos cemitérios e consequente visita à terra natal). E os portugueses mais uma vez a encolher os ombros perante toda esta estupidez!
Pois não é mais que uma estupidez, digo-o com todas as letras, uma perfeita INFANTILIDADE, como se, num país onde os trabalhadores têm mais horas de trabalho do que na puritana Alemanha e outros países (está nos números da OCDE e da OIT, senhores!), esses mesmos  que nos chamam de preguiçosos, o obrigar a ter ainda mais horas de trabalho anual fosse substituir o trabalho mais eficiente e a tacanhez e ganância empresarial de tantos ditos gestores tão incultos.
E o argumento de que aumentará o... EMPREGO, ainda é mais disparatado, pois já todos vêem que será ao contrário, exigindo cada vez mais horas e suor aos mesmos, enquanto tantos gostariam de ter nem que fosse um part-time.
Mas o objectivo que interessa é, todos sabemos, desvalorizar o preço do trabalho, embaratecer mão-de- obra por portas travessas, baixar salários de forma encapotada, como se ao nos fazerem formigas chinesas alguma vez pudessemos competir com os chineses em particular e asiáticos em geral por essa via, nós meros 10 milhões. Qual trabalho qualificado qual quê, qual aposta na originalidade e na "excelência", qual aumento de produtividade!
Só pode ser muita tacanhez e falta de visão de quem pouco sabe do trabalho por experiência própria, de quem sempre pôde trabalhar em horário livre em tachos "cunhados". Ou isso, ou o que ainda é pior, uma total vontade de agradar a especuladores bolsistas que nos sugam e a patrões pouco honestos e oportunistas que aproveitam a crise para choramingar esses feriados como empecilho à produtividade! Antes colavam-se a pedir contratos e subsídios, hoje, com as " vacas magras", "colam-se" a pedir alterações laborais.
Foi o que o Ministro Álvaro papagueou há uns tempos: que a menor produtividade era culpa das leis laborais!!!(Santo Descaramento!). também o ministro das Finanças veio  há escassos dias alegar que afinal o desemprego ia aumentar ainda muito mais, o que era prova da... RIGIDEZ Laboral! Hum... como disse? Há mais desemprego, PORQUE as rígidas leis laborais não permitem muito os despedimentos?! Será? Ou será que as leis proibem por acaso a contratação de pessoas? Muito me espanta esta nova Crença económica, que é tão ceguinha como a dos crédulos seguidores da defunta "Santa da ladeira"!
Já se falou aqui no blogue longamente sobre o disparate da abolição dos feriados tão marcantes como o 1º de Dezembro (VER ESTE POST AQUI_ "As últimas horas do feriado condenado oficialmente) e por agora não tenho muito tempo para acrescentar mais nada, que a noite já vai alta.
O cartoon já diz muito: que temos desgovernantes infantis, com menos criatividade e soluções para o país que um vulgar grupo de crianças nas suas brincadeiras.
Assim como há uns anos se dizia que parecia que a Manuela Ferreira Leite ou a Mª de Lurdes Rodrigues guiavam parte da sua governação como ministras da Educação, a partir das "bocas" de mamãs! que escutariam no cabeleireiro, começo a achar que agora estes "Young Turks", estes "garotos", como hoje lhes ouvi chamar  um  angustiado homem do povo, se guiam por palpites não só da Troika ou da Merkel, o que já seria péssimo, mas pelos compinchas da mesa de bridge, ou do campo de golfe...
Quem trabalha merece as suas pausas, algumas até fora das rotinas dos fins-de semana, para celebrar as memórias colectivas, para reencontrar  ritos, pessoas e lugares para além dos lugares, das pessoas e dos "ritos" do seu ambiente de trabalho!
Este CARTOON, como podem ver, é mais um da série "Jejé e Companhia", na sua extensão actual do "Clube do Pepê".
Quem não conhecer a série tem duas formas de se actualizar:
1- na barra superior do blog, a seguir à foto/cabeçalho, tem os separadores de páginas independentes: clique na que diz "Jejé e companhia"; aí verá os primeiros episódios/cartoons da série, publicados anteriormente no  meu Facebook e em outro blogue. A página ainda está em construção, faltando alguns cartoons da última fase do reino de Jejé, nunca publicados, bem como anotações, legendas, links...
2- Para ver os cartoons já publicados NESTE Blog, clique na etiqueta Cartoons de um dos Menús da barra mais à direita do blog e verá todos os cartoons aqui publicados, entre os quais os da série.Ou então clique directamente na etiqueta "Jejé e Companhia".
NOTA: mais uma vez lembro e peço; se quiserem partilhar o post e/ou o cartoon, podem fazê-lo à vontade, exceptuando se for para uso contra os meus princípios e contra os Direitos Humanos. ;as peço que tenham a GENTILEZA de avisarem aqui que o vão fazer e para onde o levam e também de mencionarem a autoria e o blogue do Cartoon (estes aqui, vossos humildes fornecedores...) :)
Como também podem ver no título, este é o nº 1 de uma série de 4 sobre a "medida" dos feriados. Amanhã  e no Domingo saem os restantes três que vos garanto são MELHORES que este! Este é uma... introdução, digamos assim.
Amanhã então direi mais algumas palavras, com os Cartoons 2, 3 e 4!
Boa noite!
Margarida Alegria (10-5-2012, in blog "Alegrias e Alergias")