sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Bancos, robustez, robustos...o milagre da Banca portuguesa

( "robusto cofre-banco", em leilão...)


Digamos que é um encadear de ideias, a partir de enigmáticas palavras do Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Ora leiam e ouçam (da tsf):


Desde logo veio à ideia a imagem dos banqueiros a madrugar,exaustos, a darem o banho e o pequeno-almoço aos miúdos, a apanhar vários transportes, a mergulharem no stress de tomarem conta de dinheiros de milionários birrentos e mimados, a terem de aturar o nervosismo dos mercados e seus jogadores viciados, de terem de fazer barrelas de...hã..., limpar o pó aos cofres.... enfim tanto stress.

Admito que muitos bancos estejam de facto a ser vítimas quase inocentes da crise global e local, mas, para combater o seu stress , os bancos têm recebidos "palettes" de comprimidos de dinheiros públicos e agora da troika, o que dá para manter alguma robustez, enquanto as pequenas empresas vêem recusados os empréstimos bancários. Do tal mesmo dinheiro recebido e que pelos vistos só serve para vitaminar em robustez um doente, com outro a definhar ao lado... enfim, no fundo os bancos portugueses esperam a poder vir a investir no costume: as grandes negociatas de grandes empresas encostadas ao Estado.

Por isso, pus-me a pesquisar sobre a robustez, mas não consegui encontrar imagens de banqueiros de porte atlético OU SEQUER com ar stressado... Encontrei a imagem (acima) daquele cofre-banco, ao que parece em leilão (de alguma empresa falida?). Depois descobri que Robusto é uma variedade de charuto. Suponho que a robustez dos Rotchilds e Goldmans-Sachs sejam do género deste "robusto " grande:


Já a robustez da banca portuguesa, descontanto ou "EXTRAINDO" a componente de stress imbuída pela crise,mantém, segundo Carlos Costa, a tal robustez... mas uma "robustez pequena".

Segue o encadear de ideias, há também um tipo de charutos designado "Petit robusto"! Eis portanto a cara robusta da nossa banca, a portuguesa, uma robustez pequenina e maneirinha como se quer, "como a sardinha":


Já a robustez das pequenas e médias empresas sem tanta sorte e sem comprimidos anti-stress (daqueles com símbolo € gravado ), a sua robustez, que já era da "petite", estará a ficar assim:

Estou a tornar-me perita, não?:))
E, para declaração de interesses, assinalo que não fumo . Nem represento qualquer empresa de "Habanos". Nem suporto o cheiro de charuto.
Concluindo: já para o português no lado oposto da "robustez",no meio de todo stress mais feroz, o stress da precariedade, o stress da subida galopante do custo de vida, o stress do desemprego, das taxas para tudo e para nada, dos impostos proporcionalmente muito superiores aos pagos pelos bancos, o stress de quem perde a casa, quem fica sem luz, quem tem de se abastecer no banco alimentar, viver de sopas dadas, com casa e família a sustentar e sem nada receber de troikas e cada vez menos apoios ter de quem lhes suga os tostões .... para esses a robustez está neste em baixo, de preferência apagado:


Símbolo da nossa crescente "apagada e vil tristeza", como diz Camões (que ,já no séc.XVI, um "deserdado " da vida, devia saber o que era viver rodeado de VERDADEIRO STRESS). :((
"Alergia" (3-2-2012, in blog "Alegrias e Alergias")









2 comentários:

  1. Coitados dos banqueiros!!
    É que nem durmo com as aflições deles!!

    Beijinhos.

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    Respostas
    1. Taditos!
      São uns sacrificados!
      São outros que agora se dizem vítimas do que se esforçaram para agradar aos clientes!
      Deviamos fazer também uma colecta para eles... :))
      Durante anos fizeram as normas que lhes apeteceu, com supervisão quase sempre a seu favor(ou inexistente), tiveram os juros apetecidos,as leis a seu favor... agora tiveram MENOS lucros do que aqueles a que estavam habituados...Receberam dinheiros do Estado... o que queriam mais?!
      Beijinhos.

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